Aval do empresário à CGD negado
O Banco de Portugal defendeu que a CGD não devia aceitar o aval de Joe Berardo como garantia do pagamento dos créditos concedidos à Metalgest e à Fundação Berardo. O aval, no valor de 38 milhões de euros, terá sido dado como garantia de um crédito de igual valor concedido pela banco do Estado à Fundação Berardo, em 2008.
No relatório de inspeção à CGD, em 2011, o Banco de Portugal afirma que “não deverá considerar-se o aval de José Berardo, na medida em que não existe uma avaliação do seu património”. Para o Banco de Portugal, nessa altura, já existia um conjunto de fatores que colocava em causa a recuperação dos créditos do banco público à Metalgest e à Fundação Berardo. Um deles era a evidência de que o reembolso do crédito apenas poderia ser feito com a execução das garantias.
Na análise aos créditos da Caixa ao Grupo Berardo, o relatório do Banco de Portugal deixa claro que, já em 2011, o grupo do empresário madeirense estava em falta no que diz respeito ao pagamento das últimas prestações de juros, correspondentes aos créditos que recebera da CGD. O documento refere também a “falta de evidência da capacidade financeira do mutuário [Grupo Berardo].”
BANCO DE PORTUGAL IDENTIFICOU FRAGILIDADE DO GRUPO BERARDO