Comando perde as duas pernas em acidente
Ficou com os membros esmagados sob viatura blindada. Já está internado em Portugal
Ocapacete azul português gravemente ferido, quinta-feira, no capotamento de uma viatura blindada ficou com as pernas esmagadas e os membros inferiores foram-lhe ambos amputados ainda na República Centro-Africana (RCA), num hospital sérvio da ONU. O militar, de 23 anos, chegou a Portugal às 14h14 de ontem e está no Hospital das Forças Armadas, “consciente, orientado e estável”, assegura o Estado-Maior-General das Forças Armadas.
Com o soldado, da Amadora, encontra-se a família, a receber apoio psicológico. É considerado, relatam fontes ao CM, “excelente rapaz e militar”, “muito ligado” à família, amigos e Comandos, onde entrou em 2016 ao concluir o curso 127. Cumpriu entre setembro de 2017 e março de 2018 uma missão na RCA.
O militar era o apontador da equipa de cinco Comandos no Humvve. Seguia na torre com a
metralhadora. Iam abastecer de combustível e, “devido a uma tempestade e péssimo estado da via”, capotaram. Por ser apontador ia com parte do corpo de fora, foi projetado e ficou com as pernas esmagadas. Bateu com a cabeça, mas o capacete de combate tê-lo-á salvo de um traumatismo craniano grave. Único ferido, foi assistido pela equipa médica portuguesa. A força está temporariamente em Bouar, a 350 km do quartel português e do hospital da ONU em Bangui, para patrulhas na zona de um grupo armado ativo. O militar foi retirado de héli para Bangui e submetido à “amputação bilateral dos membros inferiores”. “Prevê-se evolução e prognóstico favoráveis”, diz o EMGFA, assegurando que o seu hospital tem “as capacidades necessárias paragarantir o tratamento atuale recuperação futura”. A situação é acompanhada pelo Presidente, CEMGFA e ministro da Defesa.