TRATAMENTO COM MEIOS INVISÍVEIS AOLHO NU
INVESTIGAÇÃO r Desenvolvidas técnicas para obter ganhos na saúde ENCONTRO r Braga acolhe encontro de cientistas
Uma “cápsula” para diagnosticar e tratar doenças, técnicas para detetar cancros e tratá-los com menores custos são algumas das capacidades da nanomedicina que serão apresentadas no congresso NanoMed Europe 2019, que arranca amanhã em Braga.
“Existem sistemas já muito avançados, tanto de diagnóstico, como terapêutico, com boas performances. Contudo, existe uma falha na passagem para a prática clínica devido ao excesso de burocracia”, explicou o
FUTURO CLÍNICO INCLUI MICRO EQUIPAMENTOS PARA TRATAR CANCRO
investigador Manuel Banobre.
O cientista acredita que a nanomedicina pode mudar a forma como se encontra, trata e se vive a doença, provocando “uma revolução no sistema de saúde”. No cancro, poderá ser possível criar cápsulas comandadas como mísseis nucleares, explicou o investigador. “Ainda não conseguindo isso, vamos conseguindo tratamentos mais eficazes pelo facto de dirigir o medicamento ao alvo, como se tivesse um GPS”, disse.
Quanto ao diagnóstico, Manuel Banobre salienta que a nanomedicina desenvolve técnicas menos invasivas devido ao recurso a equipamentos de dimensão muito reduzida. A nova tecnologia está centrada nas nanopartículas e nanorrobôs, bem como outros equipamentos a uma escala nanométrica (submúltiplo do metro), não visível a olho nu nem mesmo com microscópios óticos. No futuro, a tecnologia terá capacidade para destruir células cancerígenas.