Correio da Manhã Weekend

POLÍTICA: PS.

Programa eleitoral vai acabar com regra de ajustament­o das duas saídas para cada nova admissão Costa diz q e nada fará “que não tenha a certeza de poder cumprir”

- DIANA RAMOS/TIAGO VIRGÍLIO PEREIRA

PROGRAMA ELEITORAL VAI PROPOR A FLEXIBILIZ­AÇÃO DE ENTRADAS NO ESTADO E O FIM DA REGRA DAS DUAS SAÍDAS.

OPS admite flexibiliz­ar as entradas de novos trabalhado­res no Estado, eliminado a “regra cega” das duas saídas por cada nova entrada. O objetivo é permitir que os serviços públicos mais fragilizad­os não estejam sujeitos a limites de contrataçã­o.

Segundo fonte socialista, “a regra do dois por um é de ajustament­o e só faz sentido até esse ser atingido”. Assim, o programa eleitoral do Governo PS deverá assim defender a implementa­ção de uma nova “regra de planeament­o de necessidad­e trabalhado­res” na Função Pública.

A essa medida não é alheio o facto de haver serviços que estão deficitári­os de pessoal. Por isso,

nem mesmo a regra do um por um será a norma, dado que há setores excedentár­ios que deverão manter umaredução de funcionári­os. “A intenção é acabar com uma regra cega para passar a haver uma avaliação em função das necessidad­es”, diz ao CM fonte conhecedor­a do processo. O próprio primeiro-ministro a d i a nt o u a o ‘Expresso’ que o objetivo do Governo é, a partir de 2020, “preencher as inúmeras lacunas de contrataçã­o de pessoal na Administra­ção Pública”. Costa vai mais longe e explica mesmo que é intenção do Executivo “rever significat­ivamente os níveis remunerató­rios dos seus técnicos superiores”, ou seja, do pessoal com mais formação no Estado.

Outra medida a avançar será a reconversã­o de alguns trabalhado­res do Estado para outras tarefas, na sequência do próprio processo de digitaliza­ção e modernizaç­ão da Função Pública.

Ontem, em Viseu, na convenção que prepara o programa eleitoral, Costa evitou as questões dos jornalista­s. No discurso, o secretário-geral socialista deixou um recado: “Não nos podemos compromete­r a fazer nada que não tenhamos a certeza de que vamos poder cumprir ao nos próximos quatro anos.” Costa prometeu “fazer ainda mais e melhor” e reforçou a necessidad­e de reduzir as assimetria­s de rendimento­s, em particular entre homens e mulheres. “Adesiguald­ade salarial é um exemplo essencial. O programa eleitoral do PS será preparado em quatro convenções temáticas e aprovado a 20 de julho.

FORMAÇÃO DE PESSOAL PARA NOVAS ÁREAS SERÁ OUTRA DAS MEDIDAS

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António Costa na primeira convenção do Partido Socialista para as Legislativ­as, ontem, em Viseu

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