João Félix o passivo e Centeno
Amáquina de propaganda e os empresários fazem, e bem, o seu trabalho e a Imprensa dá uma mãozinha na venda do produto, deixando o mercado, agora mais do que nunca, ao rubro. Uns adeptos ficam com dor de cotovelo e outros já não têm unhas para roer de tanta alegria. João Félix sorri só de imaginar o futuro saldo bancário e o agente encomenda bolsos das calças até aos pés.
Luís Filipe Vieira bem tentou aumentar a cláusula de rescisão de João Félix para 200 milhões de euros, mas, coitado, não teve sorte. Nunca quis vender – longe dele tal ideia– o beirão, mas teve azar – o Atlético de Madrid foi à
Luz bater-lhe o pé, dali não saindo sem levar a joia da coroa pelos 120 milhões de euros fixados no contrato. É esse montante que os benfiquistas querem ver agora a abater no passivo.
Como amante do futebol, sinto-me triste pela perda para a Liga, mas feliz pelo reconhecimento da qualidade dos nossos futebolistas. Como Português, que paga os seus impostos em Portugal e não na Holanda ou num qualquer Caimão, rejubilo com entrada de milhões na nossa depauperada tesouraria.
Como Português, acredito que João Félix tudo fará para honrar o nome de Futre. Será, creio, até mais fácil o viseense impor o seu talento do que o ministro Mário Centeno dizer se os empresários de futebol pagam ou não os impostos em Portugal. NA PRÓXIMA SEMANA, ESCREVE NESTE ESPAÇO PAULO FONTE
BENFIQUISTAS QUEREM VER 120 MILHÕES ABATIDOS
NO PASSIVO