Correio da Manhã Weekend

João Félix o passivo e Centeno

- Ricardo Tavares COORDENADO­R-GERAL DE MEIOS, AGENDA E PLANEAMENT­O

Amáquina de propaganda e os empresário­s fazem, e bem, o seu trabalho e a Imprensa dá uma mãozinha na venda do produto, deixando o mercado, agora mais do que nunca, ao rubro. Uns adeptos ficam com dor de cotovelo e outros já não têm unhas para roer de tanta alegria. João Félix sorri só de imaginar o futuro saldo bancário e o agente encomenda bolsos das calças até aos pés.

Luís Filipe Vieira bem tentou aumentar a cláusula de rescisão de João Félix para 200 milhões de euros, mas, coitado, não teve sorte. Nunca quis vender – longe dele tal ideia– o beirão, mas teve azar – o Atlético de Madrid foi à

Luz bater-lhe o pé, dali não saindo sem levar a joia da coroa pelos 120 milhões de euros fixados no contrato. É esse montante que os benfiquist­as querem ver agora a abater no passivo.

Como amante do futebol, sinto-me triste pela perda para a Liga, mas feliz pelo reconhecim­ento da qualidade dos nossos futebolist­as. Como Português, que paga os seus impostos em Portugal e não na Holanda ou num qualquer Caimão, rejubilo com entrada de milhões na nossa depauperad­a tesouraria.

Como Português, acredito que João Félix tudo fará para honrar o nome de Futre. Será, creio, até mais fácil o viseense impor o seu talento do que o ministro Mário Centeno dizer se os empresário­s de futebol pagam ou não os impostos em Portugal. NA PRÓXIMA SEMANA, ESCREVE NESTE ESPAÇO PAULO FONTE

BENFIQUIST­AS QUEREM VER 120 MILHÕES ABATIDOS

NO PASSIVO

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