Correio da Manhã Weekend

Diocese de Beja perde arte sacra

TESOURO Obras foram cedidas para exposições e não foram restituída­s

- ANTÓNIO LÚCIO

Vrárias peças de arte sacra, cedidas pelas paróquias da diocese de Beja para exposições promovidas pelo Departamen­to do Património Histórico e Artístico (DPHA), ainda não foram devolvidas. Avaliadas em centenas de milhares de euros, as peças terão sido entregues a José António Falcão – na altura diretor do DPHA da Diocese de Beja.

O CM sabe que a diocese contactou todas as paróquias no sentido de informarem que peças têm em falta. Até ao momento, apenas Beringel e Cuba apresentar­am uma descrição do património que não foi devolvido. Maria Augusta, elemento da Comissão Fabriqueir­a (CF) da paroquia de Beringel, tem em sua posse documentos, assinados pelo padre José Manuel Fachadas e pelo ex-diretor do DPHA, que provam a cedência de um total de 17 peças para exposições. Alguns desses exemplares saíram em 2005, estiveram expostos no Algarve e deviam ter regressado a Beringel em 2006.

Confrontad­o com a situação, o ex-diretor do DPHA esclarece que “quando terminavam as exposições temporária­s, as peças eram devolvidas à sua proveniênc­ia” com exceção de alguns casos em que “os responsáve­is das paróquias ou da diocese considerav­am que não havia condições de segurança ou de conservaçã­o para regressar logo aos locais de origem”. Nessas situações, as peças “ficavam nos museus da Diocese, no Seminário ou na Casa Episcopal”. José António Falcão explica que “foi o que sucedeu com [as peças] Beringel”.n

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Igreja de Beringel, em Beja, apresentou descrição do património em falta

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