Correio da Manhã Weekend

A alegria de uns é a tristeza de outros

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Não há muito a fazer. No futebol só ganha um. Por muito que isso desespere adeptos por todo o mundo, ano após ano. Por cá o FC Porto foi o justo campeão. Excelente trabalho de Sérgio Conceição, com vários altos e baixos, mas fazendo das fraquezas forças nos momentos-chave e sabendo aguentar melhor a pressão do que o rival Benfica, que ainda tenta perceber o que se passou.

Conceição recuperou a alma do FC Porto. Visão perfeita de Pinto da Costa, ainda que só depois do não de Marco Silva. Mas há muitas histórias com final feliz que começam titubeante­s. E Sérgio deu ao clube o que ele mais precisava: identidade. Por muito que Jorge Nuno tenha sido o presidente de todas as vitórias, no gabinete a coisa foi perdendo brilho. E o regresso de um filho da casa trouxe títulos. O primeiro pareceu milagre após um defeso em que teve de se contentar com os restos e ainda assim travou o penta. O segundo é o fim da propalada hegemonia encarnada, que mesmo com mais investimen­to e um plantel superior não conseguiu garantir a conquista. O sabor para a elite portista é enorme, pelo esforço feito na denúncia de um Benfica que entendem acima da lei. A final da Taça é um ajuste de contas, mais um, entre os mais duros rivais do futebol português. Não há apenas o troféu em causa. É mais do que isso. Mas se no Jamor tudo pode acontecer, este jogo em Coimbra é também uma incógnita. Sem público e ambiente, o futebol não é a mesma coisa. Que ganhe o melhor, sem baixas a registar.n

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