ANA e SEF falham testes no aeroporto de Lisboa
DESCOORDENAÇÃO Empresa responsabiliza polícia de fronteiras pela saída de viajantes antes da chegada de laboratório COVID-19 Passageiros entraram em Portugal sem exame à doença
Arfalta de coordenação entre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a ANA, gestora dos aeroportos, entidades que controlam legal e sanitariamente as entradas no aeroporto de Lisboa, levou a que os passageiros de um avião proveniente de Luanda tivessem acesso a Portugal sem a realização de teste à Covid-19.
O incumprimento do despacho que determina a realização de testes para quem não apresenta exame válido e negativo à doença, verificou-se quinta-feira com o voo TP3232 oriundo da capital de Angola que aterrou na Portela às 05h52,
rcerca de 50 minutos antes do horário. Depois do preenchimento dos formulários a bordo, os passageiros da TAP foram encaminhados para um controlo onde os detentores de teste negativo válido puderam desembarcar. Os restantes dirigiram-se a um segundo posto de controlo onde preencheram um formulário igual ao distribuído a bordo e onde deveriam esperar pela realização dos testes.
“Após a espera fomos informados por um agente do SEF que o laboratório que deveria realizar os testes tinham faltado e fomos autorizados a sair”, disse ao CM um dos passageiros, que pediu anonimato. “Houve
O despacho do Governo que impõe à ANA a realização de testes à Covid-19 aos passageiros que chegam a Portugal é contestado pela concessionária dos aeroportos. A empresa diz que não deveria assumir os encargos financeiros e logísticos de uma operação de saúde pública.
A incapacidade de contratar laboratórios privados para a realização de testes Covid no tempo imposto pelo Governo obrigou os profissionais do INEM à realização dos exames aos passageiros à chegada a Lisboa. uma indignação geral porque ninguém entendeu o que aconteceu e não foram dadas mais explicações”, acrescentou.
Fonte oficial da ANA, confirmou ao CM que "os passageiros (…) tinham sido autorizados a entrar em território nacional”. A ANA, acrescentou a fonte, “desconhece o contexto dessa autorização”. Contactada pelo CM, a assessoria de imprensa do SEF referiu que aquela polícia de fronteiras “não pode recusar a entrada em Portugal de cidadãos nacionais” sem explicar a razão pela qual manteve retidos os passageiros para a realização de testes, e os mandou para casa antes de chegada do laboratório que os deveria realizar.n