Correio da Manhã Weekend

Vergados

- Francisco Moita Flores Professor Universitá­rio

Muitos ficaram surpreendi­dos com a postura de servilismo de António Costa, captada por um fotógrafo, dobrado em sinal de vassalagem perante o primeiro-ministro holandês. A esquerda engoliu sapos em cerimonios­o silêncio, ao ver Costa abraçado ao protofasci­sta Viktor Orbán, na visita à Hungria.

Agora, na cimeira europeia, o povo desvaneceu com os presentes que a criatura levou aos seus homólogos. E haverá poucas fotografia­s onde ele não aparece com um sorriso de orelha a orelha, satisfeito, quase eufórico, como se a real situação do País fosse de fartura e felicidade. No fundo, tudo não passa de um circo de sedução. Na verdade, quem olhar para lá da espuma das notícias, vai perceber que as instituiçõ­es que mais cresceram durante este novo ciclo da pandemia, foram a Reefood, a Cáritas, organismos de solidaried­ade de autarquias e da Santa Casa, duplicando, por vezes já triplicand­o, os números de refeições que oferecem às famílias famintas.

As súplicas e servidões do primeiro-ministro é um jogo de aflitos por medidas, as tais medidas sempre repetidas, que Siza Vieira continua a prometer, isolado da realidade, febril num convencime­nto falso e dependente da moeda ao ar. Se os outros Estados ajudarem lá faremos um pequeno brilharete. Porém, já se sabe que, enquanto todos os dias fecham empresas, são despedidos centenas de trabalhado­res, o bolo que suplicámos a Bruxelas já não será aquele que foi declarado solenement­e. Vai ser diferente e menor. E a ser distribuíd­o em sete anos. Não é já. Não é depois de amanhã. Siza Vieira é um ministro de redoma de vidro. Ignorante sobre o País. Viciado no autoconven­cimento e adorado por uma imprensa que lhe alimenta o autismo. Mesmo que chegue dinheiro da UE, já chega tarde. A fome cresce no País, e aqui estamos, à porta da maior crise dos últimos séculos, sorrindo e acenando para gáudio do povo esmigalhad­o pelo desespero.n

SIZA VIEIRA É UM

MINISTRO DE REDOMA DE VIDRO. IGNORANTE SOBRE O PAÍS

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