Vergados
Muitos ficaram surpreendidos com a postura de servilismo de António Costa, captada por um fotógrafo, dobrado em sinal de vassalagem perante o primeiro-ministro holandês. A esquerda engoliu sapos em cerimonioso silêncio, ao ver Costa abraçado ao protofascista Viktor Orbán, na visita à Hungria.
Agora, na cimeira europeia, o povo desvaneceu com os presentes que a criatura levou aos seus homólogos. E haverá poucas fotografias onde ele não aparece com um sorriso de orelha a orelha, satisfeito, quase eufórico, como se a real situação do País fosse de fartura e felicidade. No fundo, tudo não passa de um circo de sedução. Na verdade, quem olhar para lá da espuma das notícias, vai perceber que as instituições que mais cresceram durante este novo ciclo da pandemia, foram a Reefood, a Cáritas, organismos de solidariedade de autarquias e da Santa Casa, duplicando, por vezes já triplicando, os números de refeições que oferecem às famílias famintas.
As súplicas e servidões do primeiro-ministro é um jogo de aflitos por medidas, as tais medidas sempre repetidas, que Siza Vieira continua a prometer, isolado da realidade, febril num convencimento falso e dependente da moeda ao ar. Se os outros Estados ajudarem lá faremos um pequeno brilharete. Porém, já se sabe que, enquanto todos os dias fecham empresas, são despedidos centenas de trabalhadores, o bolo que suplicámos a Bruxelas já não será aquele que foi declarado solenemente. Vai ser diferente e menor. E a ser distribuído em sete anos. Não é já. Não é depois de amanhã. Siza Vieira é um ministro de redoma de vidro. Ignorante sobre o País. Viciado no autoconvencimento e adorado por uma imprensa que lhe alimenta o autismo. Mesmo que chegue dinheiro da UE, já chega tarde. A fome cresce no País, e aqui estamos, à porta da maior crise dos últimos séculos, sorrindo e acenando para gáudio do povo esmigalhado pelo desespero.n
SIZA VIEIRA É UM
MINISTRO DE REDOMA DE VIDRO. IGNORANTE SOBRE O PAÍS