DESASTRE EUROPEU AGRAVA ASFIXIA DO SPORTING
DESASTRE Eliminação da Liga Europa diminui receita imediata em mais de cinco milhões de euros e agrava as contas PREJUÍZO Sem vendas de última hora no mercado, leões fecham o 1º semestre da época no vermelho ESTRATÉGIA SAD empurra venda das pérolas para janeiro ou junho
Com a eliminação da Liga Europa e face ao balanço do mercado de transferências até à data, é inevitável que o Sporting termine o 1º semestre da época com vários milhões de euros de prejuízo.
No imediato, os leões perdem 5,6 M € com a saída da prova da UEFA (ver apontamentos ao lado), mas a expectativa da SAD era, no mínimo, encaixar os mesmos 10,4 M € da época passada, quando a equipa se ficou pelos 16 avos de final.
Estes milhões perdidos somam-se a outras receitas que, face à Covid, também estão em queda. É o caso da bilheteira e do merchandising. Por último, também os contratos de patrocínio serão afetados pela eliminação europeia.
Ao que o CM apurou, o Sporting deverá fechar o período entre julho e dezembro deste ano com receitas à volta dos 25 M €. Como a despesa ficará entre os 50 M € e os 55 M €, há um ‘buraco’ de 25 M € a 30 M € que é preciso colmatar com a transação de jogadores.
O problema é que a venda de Acuña e os 25 jogos de Bruno Fernandes pelo Man. United (objetivo que estava previsto aquando da venda do jogador), as principais entradas de dinheiro dos leões neste mercado de transferências, representam uma mais-valia de pouco mais de 10 M €. Essa é, números redondos, a verba que a SAD terá de amortizar com passes de jogadores do atual plantel. Logo, o saldo até à data é nulo, pelo que é preciso vender mais jogadores para atenuar o prejuízo.
No entanto, sabe o CM, a SAD pretende segurar as pérolas e esperar por janeiro ou junho para avançar com os negócios indispensáveis ao equilíbrio das contas anuais, aquelas que contam para o fair-play financeiro da UEFA. Ou seja, os dirigentes leoninos vão aguentar o impacto de um resultado negativo nos primeiros seis meses da época e repetir a fórmula Bruno Fernandes: vender um dos principais ativos em janeiro se a eventual falta de liquidez o exigir.
SALDO NULO NO MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS ATÉ À DATA DIFICULTA GESTÃO