MANUEL HEITOR
MINISTRO DO ENSINO SUPERIOR
O Ministério do Ensino Superior revelou novos dados sobre o Plano Nacional de Alojamento e, agora, admite que foram considerados inviáveis projetos para a construção de 2473 camas.
OMinistério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) revelou novos dados sobre o Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, nos quais admite que foram considerados inviáveis projetos para a criação de 2473 camas.
O MCTES diz, em comunicado, que houve “diversas razões, incluindo a inviabilidade económica de recuperação dos edifícios para alojamento estudantil a preços controlados”. Tal como o CM noticiou, a taxa de juro muito elevada de 4% cobrada pela Fundiestamo, fundo imobiliário que gere imóveis do Estado, impediu que universidades e politécnicos conseguissem concluir muitos dos projetos para requalificação de edifícios e reforço do número de camas.
Ainda assim, de acordo com o MCTES, das 2490 camas previstas como reforço para este ano, no âmbito do plano de alojamento, 1323 estão concluídas e prontas a funcionar neste ano letivo. Há uma semana o Governo tinha dado um número muito inferior: havia apenas 780 camas prontas. Segundo a tutela, o aumento de 543 camas em apenas sete dias tem que ver com atualizações que entretanto foram feitas pelas instituições de Ensino Superior.
Até 31 de dezembro, o Governo garante que ficarão concluídas mais 250 camas, pelo que o total acumulado sobe para 1573 camas intervencionadas em 2020. A contagem do Governo levanta contudo várias dúvidas, porque estará a contabilizar camas que já integravam a oferta das instituições de Ensino Superior.
A tutela garante que está apenas a incluir nas contas camas resultantes de obras de melhoramento das residências universitárias, sublinhando que o plano de alojamento prevê desde o início, em 2017, a contagem dessas camas.
CAMAS RESULTANTES DE OBRAS EM RESIDÊNCIAS TAMBÉM CONTABILIZADAS