Juíza indignada com pressões de Rangel no processo de Vieira
foi muito insistente junto de Rui Rangel
presidente da comarca , Rosa Vasconcelos Foi a juiz presidente do Tribunal da Comarca de Lisboa Oeste, do qual faz parte o Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, quem foi ao gabinete da juíza titular do processo fiscal de Vieira, Isabel Fernandes, saber quando é que seria conhecida a decisão. Mas tudo começou com contactos feitos pelo juiz Rui gistrada disse mesmo que houve “uma trama nas suas costas”. “Estava com mais pessoas no gabinete e perguntaram pelo número de processo. Queriam saber qual era a probabilidade de ter uma decisão ou quando sairia a decisão”, revelou a juíza, que respondeu que a decisão seria conhecida “quando fosse possível”.
As escutas da acusação no processo Lex revelam que Jorge Barroso, advogado e dirigente benfiquista, pediu a uma funcionária judicial do Tribunal de Sintra uma reunião entre Vieira e a juíza, o que não foi aceite. “Em Sintra, os funcionários têm como regra informar que os juízes não recebem advogados nem mantêm reuniões com os mesmos”, afirmou. Mas a juíza vai mais longe, considerando assustador o comportamento de Rangel, uma vez que coloca em causa a sua honra profissional e a do próprio tribunal, acerca de uma alegada facilidade em se conseguir uma decisão judicial.
Na acusação do processo Lex constam várias mensagens entre Vieira e Rangel, com o presidente do Benfica a pressionar o ex-magistrado para resolver a sua contenda fiscal.
O processo de Vieira contra o Fisco estava parado há vários anos em Sintra. Em causa estava a devolução de 1,6 milhões de euros pagos em IRS, montante reclamado por Vieira.