Correio da Manhã Weekend

“REGRESSAR À SELEÇÃO AINDA É UM OBJETIVO”

CARREIRA Aos 38 anos decidiu voltar ao Leixões (II Liga) para pagar uma dívida de gratidão e para estar mais próximo da família nesta altura de pandemia EURO Guarda-redes acredita que Fernando Santos vai continuar a segui-lo para uma possível chamada LIGA

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rCorreio Sport - Depois de vários anos no estrangeir­o porquê o regresso?

Beto - Basicament­e porque na minha cabeça, dado o contexto familiar, fazia todo o sentido, até porque o meu filho vive na zona norte. Além disso, o Leixões significa muito para mim no plano profission­al. A pandemia ajudou a tomar a esta decisão, até pelas dificuldad­es de viajar e pelas restrições existentes por toda a Europa. É o regresso a um clube em que tenho uma dívida de gratidão e que há 14 anos acreditou em mim.

- Quais os objetivos e como encontrou este Leixões?

- Encontro um clube numa situação difícil, mas com uma direção que quer voltar a dar os pergaminho­s que este clube já teve. Tenho muita vontade de reerguer o clube e ajudar neste projeto de sustentabi­lidade e credibilid­ade. O regresso à Liga é um sonho, mas com sustentabi­lidade.

- Teve outras propostas, além do Leixões?

- Sim, tive. E até mais atrativas, em mercados como a Turquia e Arábia Saudita. Mas acabaram por não pesar na decisão. Também tive propostas de clubes da Liga. -Porque acha que estão vários jogadores a regressar a Portugal?

- Cada um terá as suas razões e eu tenho as minhas, mas obviamente Portugal é um país de sonho, maravilhos­o para as famílias. No caso dos estrangeir­os que por aqui passaram e agora regressam, devem ter ficado com boa imagem. Além do mais, Portugal tem uma boa Liga que este ano, ao que parece, vai ser ainda mais competitiv­a devido ao investimen­to de alguns clubes. A chegada destes nomes vai tornar o campeonato ainda mais atrativo e que poderá levar a mais regressos do futuro. -Como analisa a Liga. Quem parte como favorito?

- Teoricamen­te vai ser muito mais competitiv­a. O V. Guimarães e Boavista reforçaram-se de uma maneira sonante e pesada. Alguns jogadores poderão ter dificuldad­es no processo de adaptação mas no futuro vão ter sucesso e isso acaba por ser bom para Portugal. Contratar muito é subjetivo. Há

rrquem possa ter rendimento em determinad­as ligas e em Portugal não ter o mesmo rendimento. O FC Porto mantém a estrutura-base, a espinha dorsal está sólida e isso prevalece em relação a 10 ou 15 contrataçõ­es que se possam fazer. - No Sporting, a contrataçã­o de Adán retira espaço a Luís Maximiano?

- Prefiro não comentar isso. -Jogou no Sporting, FC Porto e Sp. Braga. Gostava de ter representa­do o Benfica? Teve alguma vez alguma proposta? - É um grandíssim­o clube português. Nunca se proporcion­ou jogar no Benfica.

Mas estou feliz pelo meu percurso e orgulhoso da minha carreira.

- Teve alguma proposta que se arrepende de não ter aceitado na carreira? Ou o contrário?

- Há muitos anos tive a possibilid­ade de ir para o Deportivo da Corunha. Acabei por rejeitar por estar feliz no Leixões.

Outro situação foi no

Sevilha, na terceira época, e aí arrependi-me. Tinha uma proposta muito alta do

Besiktas, mas acabei por ficar no Sevilha porque me identifica­va com o clube e a cidade. Duas semanas depois tive uma lesão gravíssima. Se tivesse

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