TÉCNICOS FIZERAM UMA RADIOGRAFIA À REALIDADE NACIONAL. REDUZIDA LIQUIDEZ TRAVA ENTRADAS.
RELATÓRIO Técnicos fizeram radiografia ao mercado português. Reduzida liquidez trava novas entradas SUGESTÃO Emissão de obrigações de empresas públicas é uma das recomendações
Os técnicos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) fizeram, em parceria com a CMVM e a pedido do Ministério das Finanças, uma radiografia ao mercado bolsista português. A instituição liderada por Angel Gurría desafia o Governo a colocar as empresas públicas em Bolsa e sugere a descida de impostos sobre as mais-valias de alguns instrumentos financeiros.
“Para estimular o desenvolvimento do mercado de capitais, o Governo pode incentivar a cotação das empresas públicas que são consideradas mais adequadas de um ponto de vista macroeconómico e estrutura”, lê-se no relatório, cujas conclusões foram ontem apresentadas em Lisboa. “Ao contrário de muitos outros países europeus, nenhuma das grandes empresas públicas portuguesas está cotada”, frisa a OCDE, sugerindo também a “emissão de obrigações de empresas públicas e a sua cotação no mercado nacional”, o que ajudaria a dar uma maior liquidez ao mercado bolsista nacional.
Essa falta de liquidez é mesmo apontada pela OCDE como um dos principais entraves à entrada de novas cotadas. A organização recomenda, como forma de atrair investidores “incentivos fiscais, para além do sistema de crédito fiscal proposto para os custos de cotação e de consultoria”, que “podem incluir isenções dos impostos sobre as mais-valias”.n
NÃO TRIBUTAÇÃO DE MAIS-VALIAS E INCENTIVOS FISCAIS SÃO APONTADOS