Substituir auxiliares devia ser imediato
As escolas estão ainda a aguardar a chegada dos 1500 assistentes operacionais. O procedimento para a contratação dos funcionários não docentes já foi aberto, mas ainda há dúvidas. “Não sabemos para onde vão”, diz ao Correio da Manhã Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes
Escolares. O responsável frisa que o processo até poderá ser rápido, mas que devia ser mais fácil às escolas e agrupamentos contratarem os funcionários não docentes. “Há muita gente de baixa médica e com a pandemia corremos o risco de piorar. É preciso uma política de substituição imediata. Por exemplo, numa cozinha em que a escola seja a responsável pelo pessoal, se duas ou três funcionárias ficarem doentes, a escola pode ter de fechar”, alerta.
Na última semana foi divulgado um relatório da OCDE que revelou que Portugal é o terceiro país onde os diretores das escolas mais sentem a falta de recursos humanos e consideram que isso influencia negativamente o desempenho escolar dos alunos. À frente de Portugal estão apenas Japão e Marrocos. Em Portugal, dois em cada três alunos (67,7%) frequentam escolas com falta de funcionários, segundo a perceção dos diretores inquiridos, que consideram que este é um fator que afeta a capacidade de ensino.n
DA OCDE APONTA FALTA DE RECURSOS HUMANOS