Sacos azuis pagaram luvas a 11 funcionários
Alguns dos ex-responsáveis do BES e do GES que aderiram ao perdão fiscal surgem na lista dos 11 antigos funcionários do BES e do GES que, segundo a acusação do Ministério Público, terão recebido luvas do GES em troca do apoio dado a Ricardo Salgado no esquema de financiamento do GES. São os casos de Amílcar Morais Pires, Isabel Almeida, António Soares, todos ligados à área financeira do BES, e de José Castella, controlador financeiro do GES.
Identificados como prémios salariais, os supostos subornos terão sido pagos por cinco sociedades offshore que funcionariam como sacos azuis do GES para o pagamento de bónus. Essas vantagens terão sido prestadas, segundo a acusação, por decisão de Salgado.
Os alegados subornos terão sido pagos, a título de prémios, a nove funcionários do BES e dois quadros do GES: Amílcar Morais Pires, Isabel Almeida, António Soares, Pedro Serra, Pedro Pinto, Nuno Escudeiro, Cláudia Faria, Paulo Ferreira e Pedro Costa, todos ligados à área financeira do BES; e Francisco Machado da Cruz e José Castella, ambos colaboradores do Grupo Espírito Santo.
Morais Pires terá recebido do GES, segundo a acusação do caso GES, o montante mais elevado em alegadas luvas, em troca do apoio dado a Ricardo
Salgado: entre 2008 e 2014, o administrador financeiro do BES terá recebido, a título de supostos prémios salariais, mais de 22,25 milhões de euros.
Além de Morais Pires, há dois outros casos com valores elevados: José Castella, com quatro milhões de euros, e Isabel Almeida, com 2,85 milhões.n
SUBORNOS FORAM IDENTIFICADOS COMO PRÉMIOS SALARIAIS