“TENHO ESPERANÇA DE QUE O GOVERNO RECUE”
CM– A Federação dos Veterinários da Europa desaconselha saída dos animais de companhia da Direção-Geral de Veterinária
(DGAV). A recomendação agrada à Ordem? – Sim. Vai no sentido de defender aquilo que é lógico. Se há uma autoridade nacional, aceite internacionalmente, para tratar do bem-estar animal, faz sentido criar outra? Faz sentido dividir os animais de companhia dos restantes? Não. É ilógico e o Governo não apresentou nenhum argumento técnico para justificar que se passe a tutela dos animais de companhia para o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
– Acha que o Governo vai recuar?
– Tenho esperança de que o Governo recue. Se não o fizer será um erro histórico. Estas decisões têm impactos gravíssimos na nossa imagem internacional. – O que aconselha a Ordem? – Que as verbas, de milhões de euros, que iam ser canalizadas para o ICNF, vão para a DGAV, que nos últimos anos tem vindo a ser esvaziada de recursos humanos e financeiros. Depois, sim, já podem pedir-lhe responsabilidades.n