Correio da Manhã Weekend

“O SECRETÁRIO DE ESTADO VENDEU-SE À NETFLIX”

- D.P./R.P.V.

CM– De que forma o projeto de lei a votar na terça-feira pode prejudicar o cinema português? Paulo Branco – Espero que não seja votado e que o bom senso prevaleça. Apesar das dificuldad­es, o cinema português tem conseguido êxitos inesperado­s. A diretiva europeia para o audiovisua­l tem de ser aprovada, mas porquê esta pressa?

– Há outros países que estão a agir de forma diferente...

– Sim, por exemplo, a França consegue, no mínimo, 26% dos negócios que a Netflix tem. Portugal está a negociar apenas 1%. Se isto for aprovado dará apenas

3,5 milhões de euros. Não se percebe. – Porque é que Portugal está a fazer diferente dos outros? – Não sei porque é que nós somos o País que quer o pior negócio de todos os países europeus.

– Qual seria a solução ideal? – A lei devia obrigar os gigantes do streaming a investimen­tos muito superiores aos que estão a ser preparados e que destruirão a estrutura do cinema. Como é que é possível que o secretário de Estado do Cinema e do Audiovisua­l [Nuno Artur Silva] se venda, da maneira que se vendeu, à Netflix?

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