20% DE GUARDAS PARTILHADAS
“Não existem dados, mas estudos internacionais apontam para que tenhamos em Portugal à volta de 20% de residências alternadas, a julgar pelo que se passa no resto da Europa, até porque muitos regimes não passam pelos tribunais e por isso nem sequer é fácil perceber o que se está a passar atualmente”, explica o advogado Nuno Cardoso Ribeiro. “Em teoria, mesmo que exista um acordo, os casais deviam formalizá-lo, mas haverá uma boa parte que não o faz e, mesmo que o faça, saber se existe correspondência entre o teor do acordo e a realidade é complicado, porque muitas vezes há alterações que as pessoas começam a fazer por via das circunstâncias e que não se refletem nesse acordo. Mas a maioria das crianças está com a mãe”, diz o especialista em Direito da Família, para quem “a grande questão é os progenitores não conseguirem abster-se do conflito e fazerem refletir isso nas crianças”.