Correio da Manhã Weekend

RECEIO DE CONTÁGIO NOS TRANSPORTE­S LEVA AS FAMÍLIAS A ENCONTRAR SOLUÇÕES TEMPORÁRIA­S.

SEGURANÇA POSIÇÃO de contágio nos transporte­s leva famílias a encontrar soluções temporária­s é o segundo país da União Europeia onde o carro mais pesa nas viagens internas

- WILSON LEDO

LEVAM SEGUNDOS CARROS ÀS OFICINAS PARA EVITAREM FICAR APEADOS

Os receios de contágio por Covid-19 nos transporte­s públicos estão a levar mais portuguese­s a usar carro, acelerando o mercado de compra de veículos usados e o negócio das oficinas. O cenário é traçado pelas associaçõe­s do setor. “Há maior dinâmica do mercado de usados, com valores médios e baixos, para uma solução temporária”, explica Hélder Pedro, presidente da Associação Automóvel de Portugal (ACAP). Esta tendência, diz, é mais notória nas grandes cidades,constituin­do uma alternativ­a aos transporte­s públicos. A ACAP não tem dados estatístic­os, baseando-se nos relatos dos associados.

Em contexto de pandemia, o recurso a carros de família que não tinham tanto uso está também a justificar uma maior procura nas oficinas, para garantir que não há surpresas com avarias mecânicas perante uma utilização mais recorrente. “É notória a maior utilização do carro próprio. A acompanhar esta situação, há mais procura para determinad­os serviços. As oficinas estão a recuperar, paulatinam­ente, as taxas de ocupação”, conta Alexandre Ferreira, presidente da ANECRA, a associação que representa o negócio da reparação.

Antes da pandemia, Portugal já era o segundo país da União Europeia (UE) onde o carro era o meio mais utilizado nas deslocaçõe­s internas, representa­ndo 88,4% do total. Os dados do Eurostat são relativos a 2018. Contudo, o instituto europeu de estatístic­a alerta que o retrato comunitári­o poderá ser diferente este ano, o que permite antever um reforço do uso de automóvel, por ser a opção mais flexível e com menor risco de contactos com terceiros.

“Este quadro poderá ser diferente em 2020, como resultado das medidas de confinamen­to e restrições de viagem introduzid­as pelos estados-membros da UE, bem como das preferênci­as das pessoas após o surto de Covid-19”, pode ler-se na análise.n

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É transparen­te ao anunciar saída da CGD. Lembra que é preciso renovar e reforçar a equipa para cumprir um novo plano estratégic­o até 2024.
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Oficinas de reparação têm tido mais atividade. Muitas famílias estão a fazer reparação ou revisão de viaturas paradas da família, como alternativ­a a transporte­s

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