Recolhimento obrigatório avaliado para a semana
NOVIDADE Ministra da Saúde vai reunir novamente com o Conselho de Saúde Pública para discutir que medidas adotar
OrMinistério da Saúde pediu uma nova reunião com os especialistas do Conselho Nacional de Saúde Pública. O objetivo do encontro, segundo a ministra Marta Temido passa pelo “aprofundamento da agenda e de análise das medidas que podem ser tomadas nesta fase tão distinta da primeira”. Ao que o CM apurou, o recolhimento obrigatório, assim como as cercas sanitárias, são as medidas em cima da mesa prontas para adotar. Serão avaliadas e discutidas com os peritos na próxima semana.
Temido assumiu que o País vive “um momento muito difícil da evolução da pandemia” e que “os próximos dias se anteveem complicados e com elevada pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde”.
Segundo o boletim de vigilância da gripe, o número de consultas por motivo Covid-19 nos centros de saúde disparou na semana passada - foram realizadas cerca de 50 mil: a grande maioria no Norte do País (perto de 30 mil). Esta é, aliás, a região que mais preocupa: está a ser avaliada com mapas de risco, depois de terem sido implementadas medidas extraordinárias em Paços de Ferreira,
Felgueiras e Lousada devido ao aumento de casos.
Ontem, nestes três concelhos, era notória uma redução de movimento. “Sentimos pouco movimento. Não se vê quase ninguém na rua”, disse ao Correio da Manhã Anabela Moreira, lojista em Lousada. Já em Felgueiras, a maioria aplaudia as restrições. “Isto era mesmo necessário. Hoje [ontem] já fiquei mais por casa e já avisei a minha mulher e os meus familiares que não quero ajuntamentos no fim de semana”, afirmou José Lemos, que mora em Felgueiras. A titular da pasta da Saúde anunciou ainda que estão pré-reservados, pela Cruz Vermelha, meio milhão de testes rápidos e que os médicos de Saúde Pública vão ser pagos por “todo o trabalho suplementar ”. O pagamento será feito desde março deste ano.
Marta Temido revelou ainda que a capacidade máxima do SNS nos internamentos é de 17 700 camas, às quais acrescem 1021 camas nos Intensivos e 566 em intermédios. O balanço da Direção-Geral da Saúde dava ontem conta de 2899 novos casos de infeção e 31 vítimas mortais. Em todo o País, há 107 surtos ativos em lares e 63 em escolas.n
ALERTA PARA DIAS COMPLICADOS COM ELEVADA PRESSÃO NO SNS SEM MOVIMENTO COM RUAS QUASE DESERTAS