Ruído e vuvuzelas
No passado mês de maio de 2021, um coordenador da Unidade Central de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária foi acusado do crime de violação do segredo de justiça, por “diversas notícias publicadas sobre a Operação Lex, o processo e-Toupeira e o caso de emails do Benfica” (Lusa).
Em sua defesa, tal coordenador referiu ter sido a própria Direção Nacional da PJ a fonte da fuga de informação, onde vieram a público “o conteúdo de atos processuais, alguns ainda não iniciados”, bem como os “conteúdos de peças, relatórios, despachos, mandados e autos de diligência
COLOCAM EM SÉRIO RISCO A VIDA E INTEGRIDADE FÍSICA DOS POLÍCIAS
de processos secretos”.
Coincidência ou não, a estes processos podem-se somar uns quantos (nomeadamente ‘o caso Tancos’), com violação do segredo de justiça, materializado pelo mesmo grupo empresarial.
Compreende-se agora a quem se referia a ASFIC (a 31 de maio de 2021), quando apelidou de “vuvuzelas” aqueles que “por 15 minutos de fama, sem pudor nem contenção e com nefasto ruído e vaidade pessoal, colocam em sério risco a vida e integridade física de todos os polícias que fazem da realização da justiça a sua verdadeira e única causa”. Compreende-se… concorda-se e o resto absolutamente não é a regra!