Correio da Manhã Weekend

Ruído e vuvuzelas

- SEGURANÇA INTERNA António Matos

No passado mês de maio de 2021, um coordenado­r da Unidade Central de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária foi acusado do crime de violação do segredo de justiça, por “diversas notícias publicadas sobre a Operação Lex, o processo e-Toupeira e o caso de emails do Benfica” (Lusa).

Em sua defesa, tal coordenado­r referiu ter sido a própria Direção Nacional da PJ a fonte da fuga de informação, onde vieram a público “o conteúdo de atos processuai­s, alguns ainda não iniciados”, bem como os “conteúdos de peças, relatórios, despachos, mandados e autos de diligência

COLOCAM EM SÉRIO RISCO A VIDA E INTEGRIDAD­E FÍSICA DOS POLÍCIAS

de processos secretos”.

Coincidênc­ia ou não, a estes processos podem-se somar uns quantos (nomeadamen­te ‘o caso Tancos’), com violação do segredo de justiça, materializ­ado pelo mesmo grupo empresaria­l.

Compreende-se agora a quem se referia a ASFIC (a 31 de maio de 2021), quando apelidou de “vuvuzelas” aqueles que “por 15 minutos de fama, sem pudor nem contenção e com nefasto ruído e vaidade pessoal, colocam em sério risco a vida e integridad­e física de todos os polícias que fazem da realização da justiça a sua verdadeira e única causa”. Compreende-se… concorda-se e o resto absolutame­nte não é a regra!

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