Capturados 17 ligados à morte do presidente
Polícia afirma que há ainda em fuga vários elementos dos 28 responsáveis pelo homicídio
Apolícia do Haiti exibiu ontem o que disse serem mercenários que realizaram o ataque da madrugada de dia 7 à casa do presidente Jovenel Moïse, assassinando-o e deixando a sua mulher gravemente ferida. Ao todo, foram detidos 17 suspeitos, três foram mortos e oito estão ainda a monte. Mas as dúvidas avolumam-se sobre uma operação alegadamente bem preparada mas aparentemente sem um plano de fuga.
As detenções foram realizadas após duros combates, disse a polícia, adiantando que alguns suspeitos foram apanhados numa casa, outros em bosques dos arredores de Porto Príncipe e 11 outros depois de invadirem o recinto da legação de Taiwan. “Estrangeiros vieram ao nosso país para matar o presidente”, afirmou Léon Charles, chefe da polícia, exibindo os passaportes dos colombianos capturados. A Colômbia confirmou a identidade de alguns dos detidos, mas os EUA dizem ignorar se há cidadãos nacionais envolvidos, como alega o Haiti, que diz tratar-se de residentes da Florida.
Alguns suspeitos estariam no Haiti há três meses para preparar o ataque. Estranha-se, por isso, que não tenham fugido do país após o assassínio. Outro mistério por deslindar é o de saber quem ordenou o crime.n
SUSPEITOS ESTAVAM NO PAÍS HÁ TRÊS MESES PARA PREPARAR OPERAÇÃO