LISBOA PODE ESTAR NO PICO DA QUARTA VAGA. GRUPO DE MÉDICOS E ENFERMEIROS CONTRA CONFINAMENTO.
META r ‘Task force’ mantém meta de 70% da população vacinada entre 8 e 15 de agosto
Portugal recebe neste fim de semana um reforço de 295 mil vacinas da Janssen, anunciou ontem Henrique Gouveia e Melo. O vice-almirante, coordenador da ‘task force’ da vacinação, mantém a meta de 70% da população portuguesa imunizada com a primeira dose na semana entre 8 e 15 de agosto.
No dia em que Gouveia e Melo e a ministra da Saúde, Marta Temido, visitaram três centros de vacinação – Carnaxide, Oeiras, Ouressa, Sintra, e Alcabideche, Cascais –, o coordenador da ‘task force’ manifestou abertura para continuar a liderar o processo de vacinação caso seja necessária a administração de uma terceira dose das vacinas. “Eu estou sempre disponível. Quem decide a minha disponibilidade são os meus superiores hierárquicos, neste caso, as Forças Armadas e, acima das Forças Armadas, o poder político. Eu sou um militar, cumpro o que tiver de cumprir em função dessas ordens que receber”, referiu.
Já Marta Temido afirmou que a cidade de Lisboa poderá estar no pico da pandemia de Covid-19, mas disse serem precisos os dados dos próximos dias para se ter a certeza de que passou “a fase pior”. Segundo o relatório de situação divulgado ontem, Lisboa tem uma taxa de incidência de 831 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, sendo o oitavo concelho de todo o País com incidência mais elevada. No topo estão Albufeira (1291), Loulé (1176), Lagoa, nos Açores (1003), Portimão (941) e Lagos (912). Já a cidade do Porto está com uma incidência de 758 casos. Em Sobral de Monte Agraço, a incidência é de 785, mas deve-se em parte a um surto num lar onde foram registados 14 casos.
Todas as regiões do País registam um índice médio de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 superior ao limiar de 1, mas com uma desaceleração do aumento de novos casos de infeção nos últimos dias, revela o relatório do Instituto Ricardo Jorge (INSA). A região Norte é a que tem o Rt mais elevado no continente (1,24), seguindo-se o Algarve (1,15), Centro e Alentejo (1,13) e Lisboa e Vale do Tejo (1,07). O INSA refere que Portugal apresenta uma taxa de incidência entre 240 e 479,9 casos por 100 mil, considerada “muito elevada e com tendência crescente”. O Algarve é a região com a taxa mais elevada (806,4), seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (486,6), o Norte (288,5), o Alentejo (211,4), os Açores (194,1), o Centro (187,6) e a Madeira (78,8). No que respeita aos internamentos, a ocupação em Unidades de Cuidados Intensivos a nível nacional está a 72% do limiar definido como crítico (245 camas).n
OCUPAÇÃO EM CUIDADOS INTENSIVOS ESTÁ PERTO DO LIMIAR CRÍTICO