Sócio de ex-presidente financiou museu do FC Porto
SUSPEITAS r Autoridades querem perceber por que razão banco brasileiro oferece dinheiro quando não quer comercializar marca no nosso país EMPRESÁRIO r Bruno Macedo arrasta tudo e todos
Éum mundo de sócios em cascata. Inimigos em frente às câmaras, amigos nas parcerias e nos negócios. Rivais com interesses comuns quando se fala de milhões, intermediários idênticos que fazem com que a Operação Cartão Vermelho seja transversal aos dois grandes do futebol português.
No centro está Bruno Macedo. Foi um dos primeiros alvos do Ministério Público e arrastou tudo e todos. Até Giuliano Bertolucci, o empresário brasileiro, com ligações ao BMG um banco também brasileiro -, que financiou o Museu do Futebol Clube do Porto em oito milhões de euros.
Esta é também uma das linhas seguidas pelos investigadores. Que querem perceber os primeiros negócios de Macedo no universo portista, designadamente o motivo do seu sócio ter oferecido, em 2013, tantos milhões ao FC Porto quando não tinha qualquer interesse estratégico na comercialização da marca do banco no nosso país.
A isto junta-se outro pormenor. Foi depois Giuliano Bertolucci - que é sócio de Macedo, o empresário que, sabe-se agora, também é sócio de Luís Filipe Vieira e do seu filho Tiago quem vendeu aos azuis-e-brancos vários jogadores, cujo passe pertencia ao banco, conseguindo lucros muito próximos
BERTOLUCCI, QUE TRABALHA COM MACEDO, VENDE A AZUIS-E-BRANCOS
dos oito milhões investidos.
Lucca Bertolucci, filho de Giuliano, foi também quem com Bruno Macedo conseguiu agilizar a transferência de Jorge Jesus para o Flamengo e foram ambos que agilizaram o regresso do técnico português para os encarnados, funcionando em representação do clube brasileiro.n