Correio da Manhã Weekend

Militar na cadeia mantém salário

PROCESSO r Comando-Geral não aplica suspensão preventiva a guarda

- MIGUEL CURADO

David Pereira, o militar da GNR do Poceirão, Palmela, que ficou em prisão preventiva na cadeia de Évora depois de ter sido detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de ser coautor (com outros dois cúmplices, civis, também detidos) de crimes graves contra outros três homens, vai continuar a receber o salário.

Fonte oficial desta força de segurança disse ao CM que, face à privação de liberdade aplicada ao militar, de 33 anos, “não se afigura necessária, nesta fase, a aplicação de medida interna”. A medida a que a GNR se refere seria a suspensão preventiva de ‘Gamarra’, como o guarda é conhecido. Por outras palavras, o militar, que vai aguardar julgamento na cadeia por crimes graves como rapto, homicídio qualificad­o tentado ou ofensas à integridad­e física qualificad­as, mantém o salário base. Perde apenas, sabe o CM, o subsídio de patrulha e de escala.

A mesma fonte, no entanto, anuncia a realização “de processo disciplina­r, no âmbito do qual os factos em causa serão apurados, e aplicadas as medidas considerad­as ajustadas no âmbito disciplina­r”.

Recorde-se que, tal como o CM noticiou ontem, David Pereira e os dois cúmplices foram presos pela Unidade Nacional de Contraterr­orismo da PJ. São suspeitos de terem perseguido outros três homens com quem se desentende­ram num negócio ilícito, entre o Montijo e Moscavide, com disparos feitos pelo meio. Uma vítima foi baleada e outra raptada e torturada, tendo ficado sem milhares de euros em bens pessoais.n

ARGUIDO DETIDO PERDE APENAS SUBSÍDIOS DE PATRULHA E DE ESCALA

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