Acidentes a caminho de fogos são a principal causa de mortes
Neuza, Carlos, Catarina. São pelo menos três os nomes que, este ano, fazem crescer a lista de soldados da Paz que tombaram no cumprimento da missão à qual juraram dedicar a vida. Segundo dados da Liga de Bombeiros Portugueses, divulgados em 2020, 231 bombeiros morreram nos últimos 40 anos mais de 90 devido a acidentes rodoviários enquanto se deslocavam para o combate às chamas, o que faz desta a principal causa de óbitos entre as corporações nacionais.
No dia 3, Catarina Pedro morreu atropelada na A5. A bombeira da corporação de Carnaxide (Oeiras), de 31 anos, perdeu a vida quando tentava socorrer duas pessoas que tinham acabado de sofrer um acidente, na zona de Linda-a-Velha. Deixou dois filhos menores - uma menina, de quatro anos, e um menino, de 1 1 meses, que estavam no carro com a mãe e sofreram ferimentos ligeiros (Catarina encostou a viatura e saiu para o socorro). Integrava a corporação desde dezembro de 2018 e foram os próprios colegas que tentaram salvar-lhe a vida.
No ano passado, pelo menos cinco bombeiros e um piloto morreram no combate às chamas. A 25 de julho, um acidente semelhante ao de Vinhais roubou a vida a Diogo Dias, de 21 anos. O jovem dos Voluntários de Proença-a-Nova ficou encarcerado numa viatura, que caiu a uma ravina e foi consumida pelas chamas. Entrou na corporação aos 17 anos.n
BOMBEIRA MORREU A AJUDAR VÍTIMAS DE ACIDENTE NO DIA 3