RTP quer aumento da taxa audiovisual
CAV r Governo e RTP propõem atualização da Contribuição para o Audiovisual no Orçamento de Estado para 2022 FINANCIAMENTO r PCP e BE querem regresso das indemnizações compensatórias
Financiamento. Esta foi a palavra mais repetida ontem durante a conferência parlamentar ‘RTP – O futuro do serviço público de rádio e televisão’. Durante mais de quatro horas discutiu-se o futuro da estação pública, o Contrato de Concessão e formas de fazer chegar mais dinheiro à empresa. Para o Governo, a solução passa por aumentar a Contribuição Audiovisual (CAV), paga pelos consumidores todos os meses na fatura da eletricidade - 2,85 euros (3,02 euros com IVA e 1,06 euros para beneficiários
COELHO DA SILVA ALERTA: “NÃO DIGAM QUE AS AUDIÊNCIAS NÃO CONTAM”
de alguns abonos sociais) e que em 2020 rendeu ao grupo público 180,6 milhões de euros.
“Temos a noção que a RTP precisa de mais financiamento para cumprir melhor a sua missão”, afirmou o secretário de Estado Nuno Artur Silva, recordando que “o custo” da estação pública, quando comparada com congéneres europeias, “é quatro a cinco vezes inferior à média” e que a CAV deve ser atualizada de acordo com a taxa de inflação. Uma ideia partilhada por Arons de Carvalho, presidente do Conselho Geral Independente, que defendeu que “o montante da CAV está longe de ser excessivo”. Já Nicolau
Santos disse que “sem aumento da CAV”, a RTP “terá de cortar nos conteúdos.”
Manuel Coelho da Silva, presidente do Conselho de Opinião, sublinhou que “o que os portugueses pagam pela RTP deve estar em sintonia com a sua satisfação com o serviço prestado”.
“E não digam que as audiências não contam!”, alertou, enquanto o cineasta António-Pedro Vasconcelos comentou que “o público já está sobrecarregado com taxas”. O PCP e o BE defenderam o regresso das indemnizações compensatórias para ajudar a financiar a RTP.n