A nova censura finge proteger-nos
Aproposta da IL para revogar o artigo 6º da chamada “Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital” foi chumbada terça-feira com os votos contra do PS, BE, PAN e de uma deputada não-inscrita. Os nomes destes deputados que insistem no restabelecimento da censura ficarão inscritos na mesma coluna infame junto dos dos censores fascistas e comunistas do século XX em Portugal se, quando a miserável “Carta” baixar à especialidade, mantiverem os seus preceitos anticonstitucionais. Apesar dos votos do PCP, PEV, PSD, CDS, IL, Chega e quatro deputados do PS, a criação de censura foi reafirmada pelo parlamento do meu país, o que me deixa, mais do que triste, revoltado. O parlamento de Portugal insiste numa lei que restabelece a censura, uma censura adaptada ao presente e que finge não o ser.
A carta de pseudo-direitos humanos pretende estabelecer o que é e o que não é desinformação: para o PS fascistóide e seus aliados fascistóides, desinformação é, basicamente, o que desagrada aos partidos no poder. Eles podem esconder a verdade e mentir descaradamente, como há dias dois ministros, mas “desinformação”, para eles, é o que não sai no ‘Expresso’ ou no ‘Diário de Notícias’, na RTP ou na SIC, ou o que aparece nas redes sociais, isto é, o que eles não controlam (para já). Os fascistóides no poder querem o mesmo de sempre: controlar o povo. As redes sociais são povo que eles não controlam, apesar dos canalhas a quem pagam para escreverem nas nossas páginas. O artigo 6º foi escrito por quem tem medo do povo e quer calar o povo.
A lei tem a ignomínia de querer pôr instituições pagas pelo governo a atribuir “selos” de bom comportamento aos media; pretende pagar a uns quaisquer “polígrafos” manhosos, incompetentes, maçónicos e socialistas para decidirem o que é e não é “desinformação” de acordo com os padrões dos fascistinhas do PS, BE e PAN. Isto é politicamente horrível e, mesmo assim, esses partidos e a tal deputada insistem em criar esta censura fascista adoptada às actuais “democracias musculadas”: em vez de censura prévia, que lhes é difícil aprovar, querem uma censura posterior, que condicione os media estabelecidos e os cidadãos livres nas redes sociais, que crie uma “lista negra” de jornais, rádios e canais de TV desobedientes ao poder socialista e aos seus aliados e acentue a censura nas redes sociais (já existe, por auto-iniciativa dos fascistas do Facebook, Twitter, etc.). É verdadeiramente ascoroso que isto seja possível em Portugal em 2021: um garrote cada vez mais apertado do PS e dos seus aliados para diminuir a liberdade dos outros — isto é, de todos.n
A CARTA DE PSEUDO-DIREITOS HUMANOS
PRETENDE ESTABELECER O QUE É E O QUE NÃO É DESINFORMAÇÃO