Quem conseguiu esconder as malas de dinheiro do ‘Major Milionário’?
No passado mês de junho, o Ministério Público realizou, no máximo segredo, um conjunto de buscas às casas que o major Pedro Lussaty tem em Portugal. Aquele militar, conhecido como o ‘Major Milionário’, era um elemento da Casa de Segurança do Presidente da República angolano, João Lourenço, e foi detido em maio na chamada ‘Operação Caranguejo’ por desvios de milhões de dólares e euros. Foram visitados, além do imóveis em Pedrouços e as moradias no Restelo, onde vivem a mulher o filho, os terrenos do Montijo e um andar numa das zonas mais exclusivas do Porto. Os procuradores adiantaram-se à carta rogatória, que entretanto foi recebida de Angola, para arrestar todos os bens móveis e imóveis que estivessem em nome do major, de familiares ou de sociedades em que aqueles elementos tenham participação.
No entanto, a operação revelou-se infrutífera. À semelhança do que aconteceu em Angola, além de centenas de peças de roupa de marca, dezenas de sapatos e vários relógios de luxo, não foram encontradas as malas que o major terá transportado durante as suas viagens a Portugal, sempre movimentadas ao abrigo do estatuto de “malas diplomáticas”. Mas os investigadores têm a certeza de que essas malas chegaram a Portugal, e têm a certeza de que estas foram movimentadas pouco antes de os investigadores terem ido aos apartamentos.
ROUPAS DE MARCA, SAPATOS E RELÓGIOS DE LUXO