JUROS DO PASSADO AFETAM PRESENTE
POUPAR r Depois do investimento recorde em 2020/21, encarnados estão agora na cauda dos gastos, à espera de entrarem na Champions
Na época passada, entre os mercados de verão e de inverno, o Benfica gastou mais de 100 milhões de euros em reforços. Um valor recorde na Liga portuguesa que resultou do que era então um desafogo financeiro, que caiu por terra após o fracasso desportivo a toda a linha.
O não apuramento para a Liga dos Campeões e a manutenção da crise provocada pela Covid (estádios fechados e os grandes clubes europeus mais contidos nas compras) provocaram uma quebra de receitas na Luz que obrigou a um acentuado apertar de cinto.
A ordem na SAD é para cortar custos. O que passa por baixar encargos salariais, mas sobretudo por suspender as aquisições mais avultadas. Depois de duas épocas a contratar jogadores por 20 milhões de euros ou mais (De Tomas, Weigl, Everton ou Darwin), as águias não aceitam pagar mais de 10 milhões por ninguém neste defeso. O que fez com que Al
Musrati não tivesse trocado Braga por Lisboa.
Esta contenção é imposta por outro problema que afeta todos os grandes: o mercado de transferências está congelado. Tubarões como Barcelona ou Juventus atravessam graves crises financeiras e os clubes ingleses, com uma ou outra exceção, estão a apostar em reforços do seu campeonato em detrimento de mais importações.
Daqui resulta que não entra dinheiro nos cofres dos clubes portugueses que permitam novas compras. O Benfica até é o grande que fez mais receita com os chamados excedentários (35 M € com atletas como Pedrinho, Nuno Tavares ou Cervi), mas o valor fica muito aquém do necessário.n
SE ANTES GASTAVAM 20 MILHÕES, AS ÁGUIAS JÁ NÃO PASSAM DOS 10 M €
FALHANÇO DESPORTIVO AGRAVOU DIFICULDADES GERADAS PELA COVID
MERCADO ESTAGNADO DIFICULTA OBRIGATÓRIA VENDA DE JOGADORES