Correio da Manhã Weekend

Ousar que tudo corra bem mais vezes

- ANDRÉ PINOTES BATISTA COMENTADOR CMTV

Nas últimas décadas, o futebol do Sporting viu a sua grandeza enjaulada nos parêntesis da ausência de sucesso. Se nestes anos de nevoeiro raiaram breves momentos de garra, para que o diagnóstic­o seja certeiro é indispensá­vel que sejamos exigentes com os valores e a grandeza histórica da mais titulada instituiçã­o desportiva portuguesa.

A época 20/21 ficará marcada nas nossas memórias, não apenas pelas conquistas da Taça da Liga e da Liga mas, sobretudo, pela forma como esses títulos foram conquistad­os.

A fórmula do sucesso assentou em três eixos que merecem reflexão e nos fazem sonhar.

1. Aposta na formação, pondo termo ao mito de que a mesma se havia degradado.

2. Adoção de uma política de contrataçõ­es cirúrgica, tendo por alvo o atleta português em destaque no mercado interno (Pote) e jogadores experiente­s das mais competitiv­as ligas da Europa (Adán), confirmand­o que o caro pode sair barato.

3. Uma liderança técnica que cultivou a ética de trabalho, a entrega sem limites e uma gestão de expectativ­as sublime.

Se o Sporting ocupa um lugar no olimpo desportivo e conta com uma massa adepta ímpar, cuja inesgotáve­l paciência só encontra paralelo no amor ao verde e branco, temos a obrigação de agir para que ganhar se torne mais rotineiro e natural.

Sigamos o caminho do risco calculado. A manutenção dos principais ativos, para exposição na montra da Champions, bem como o aumento do investimen­to em Alcochete constituem desta linha de gestão ilustrativ­os exemplos.

Se a grandeza histórica do Sporting vive no nosso colossal museu, o reforço da sua expressão atual depende da audácia de arriscarmo­s no sucesso.

TEMOS A OBRIGAÇÃO DE AGIR PARA QUE GANHAR SE TORNE ROTINEIRO E NATURAL

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