Ousar que tudo corra bem mais vezes
Nas últimas décadas, o futebol do Sporting viu a sua grandeza enjaulada nos parêntesis da ausência de sucesso. Se nestes anos de nevoeiro raiaram breves momentos de garra, para que o diagnóstico seja certeiro é indispensável que sejamos exigentes com os valores e a grandeza histórica da mais titulada instituição desportiva portuguesa.
A época 20/21 ficará marcada nas nossas memórias, não apenas pelas conquistas da Taça da Liga e da Liga mas, sobretudo, pela forma como esses títulos foram conquistados.
A fórmula do sucesso assentou em três eixos que merecem reflexão e nos fazem sonhar.
1. Aposta na formação, pondo termo ao mito de que a mesma se havia degradado.
2. Adoção de uma política de contratações cirúrgica, tendo por alvo o atleta português em destaque no mercado interno (Pote) e jogadores experientes das mais competitivas ligas da Europa (Adán), confirmando que o caro pode sair barato.
3. Uma liderança técnica que cultivou a ética de trabalho, a entrega sem limites e uma gestão de expectativas sublime.
Se o Sporting ocupa um lugar no olimpo desportivo e conta com uma massa adepta ímpar, cuja inesgotável paciência só encontra paralelo no amor ao verde e branco, temos a obrigação de agir para que ganhar se torne mais rotineiro e natural.
Sigamos o caminho do risco calculado. A manutenção dos principais ativos, para exposição na montra da Champions, bem como o aumento do investimento em Alcochete constituem desta linha de gestão ilustrativos exemplos.
Se a grandeza histórica do Sporting vive no nosso colossal museu, o reforço da sua expressão atual depende da audácia de arriscarmos no sucesso.
TEMOS A OBRIGAÇÃO DE AGIR PARA QUE GANHAR SE TORNE ROTINEIRO E NATURAL