Este Benfica é tudo menos invejável à partida para a nova temporada
Cumprem-se na próxima quarta-feira dois anos sobre a última conquista do Benfica. Aconteceu no Algarve com um triunfo de mão cheia, 5-0, sobre o Sporting, na decisão da Supertaça. Ainda com Bruno Lage no comando, os então campeões nacionais produziram um vendaval de futebol ofensivo que os parecia lançar para uma temporada de sucesso sem concorrentes internos à altura do seu poderio. No final, não foi isto que aconteceu. Há dois anos, portanto, que o Benfica não ganha nada e a qualidade da sua equipa e do futebol praticado foram-se deteriorando à vista dos seus adeptos levados a crer, depois do ‘tetra’ de 2016/2017, que o futuro lhes reservaria títulos após títulos, de tal monta era a distância para os seus rivais quer do ponto de vista da capacidade desportiva quer do ponto de vista da capacidade financeira. E não foi nada disto que aconteceu.
O Benfica parte agora para uma nova temporada carregando aos ombros o peso das suas frustrações competitivas, a indefinição de uns quantos lugares-chave no seio do seu plantel empobrecido, a turbulência interna da parte administrativa marcada pela detenção do ex-presidente do clube e da SAD e a consequente desagregação do seu espírito associativo em função de todos estes acontecimentos infelizes. É este o conjunto de circunstâncias que marca o futuro imediato da sua equipa de futebol, do seu treinador e do seu presidente substituto que sabe como depende dos resultados do futebol o êxito da sua indispensável legitimação perante os sócios nas eleições convocadas até ao fim de 2021. Ninguém inveja este Benfica à partida para 2021/2022.
O BENFICA CARREGA AOS OMBROS O PESO DAS SUAS FRUSTRAÇÕES
COMPETITIVAS