Correio da Manhã Weekend

Katia Aveiro ROUPA IMUNDA

- POR MIRIAM ASSOR

Luís Osório gosta de Cristiano Ronaldo, mas não gosta que a profissão de Katia Aveiro seja precisamen­te a de ser irmã do craque. Logo aí, o caldo começa a entornar-se. Depois, para ferver ainda mais, o escritor escreve: “…. Somos contaminad­os de quando em vez pela sua ignorância atrevida, pela extrema falta de tacto e por uma agressivid­ade no modo como se aproveita dos holofotes”. Habilitar-se-ia, Luís, quiçá, a uma lambada, e não é referência à dança, se a rede social tivesse o literal cara a cara. A água fervida, e a derramar por todos os lados do fogão, surge na continuaçã­o da escrita ataque, insistindo que a biografia de Katia se sustenta unicamente por ser mana do mano da bola. Mas como foi dada à luz pela Dona Dolores Aveiro, eis, pois, as consequênc­ias: “Tudo o que faz é amplificad­o por ser irmã de Cristiano. Se não o fosse nunca dela ouviríamos falar,” Tudo isto existe, e não é fado, porque Katia publicitou-se contra a vacina da pandemia que nos persegue desde o raiar de 2020. Uma pneumonia, provocada pela Covid 19, quis desgraçar-lhe os pulmões. Não conseguiu. Felizmente.

Uma pessoa pode ser contra a ciência, ou um tratamento, e essa postura, ainda que pareça, ou esteja errada, não obriga ninguém ao castigo. Ora essa. A resposta que deu vem com linguagem choque proporcion­al. Desconheci­a quem era Luís Osório e que, a seu ver, “está queimado da cabeça”. Tem a certeza, e ter a certeza, nos dias que correm, é um pouco difícil: “Deve ser um gajo frustrado, uma pessoa mal resolvida, um infeliz”. Para arrematar: “Trata-te ou morre, parasita. Limpa a

boca!”.

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