Correio da Manhã Weekend

SÓ TINO GASTA MENOS DO QUE MARCELO

BAIXAS r Vitorino Silva e o Presidente reeleito foram os mais poupados ALTAS r Candidatos do Bloco de Esquerda e do PCP foram os que mais despesas apresentar­am nas contas de fecho da campanha

- JOÃO MALTEZ

Marcelo Rebelo de Sousa gastou 25 mil euros na campanha eleitoral de janeiro, na sequência da qual foi reeleito Presidente da República com maioria absoluta (60,7% dos votos). Dos sete candidatos que foram às urnas nas últimas Presidenci­ais, só Vitorino Silva, conhecido como ‘Tino de Rans’, teve gastos inferiores, na ordem dos sete mil euros. Marisa Matias, que se candidatou com o apoio do Bloco de Esquerda, foi quem mais despesas registou: 358 mil euros.

Os números finais dos custos das sete campanhas, agora divulgados pela Entidade das Contas e dos Financiame­ntos Políticos (ECFP), permitem constatar que os 25 mil euros gastos por Marcelo se ficaram a dever sobretudo a custos com agências de comunicaçã­o e sondagens (pouco mais de 15 mil euros).

Ana Gomes, a segunda mais votada em janeiro (12,9% dos votos), apresentou despesas um pouco acima dos 135 mil euros, com a principal fatia (mais de 44 mil) a ser gasta na conceção da campanha, agências de comunicaçã­o e sondagens.

Já o candidato apoiado pelo Chega, André Ventura, terceiro nas urnas, com 11,9%, entregou à ECFP um mapa de despesas de 201 mil euros, dos quais cerca 43 mil relativos a cartazes e telas.

PORMENORES

Apoio só com 5% de votos

Os candidatos têm direito por lei a uma subvenção pública, paga pelo Parlamento, que permite fazer face aos gastos da campanha, mas apenas desde que atinjam 5% dos votos. Dos sete que se apresentar­am às últimas presidenci­ais, apenas Marcelo Rebelo de Sousa, Ana Gomes e André Ventura.

Regras de financiame­nto

As atividades de campanha eleitoral para a Presidênci­a só podem ser financiada­s por subvenção estatal, contribuiç­ões de partidos, por donativos de pessoas singulares e pelo produto de angariação de fundos.

Silva

O comunista João Ferreira, que obteve 4,3% nas urnas, fez a segunda campanha mais cara, com gastos na ordem dos 274 mil euros, sendo a principal fatia (quase 139 mil euros) para custos administra­tivos e operaciona­is.

Com 358 mil euros de despesas e 3,9% da votação, a candidata bloquista, Marisa Matias, foi quem mais despesas apresentou à entidade de contas, dos quais 120 mil euros relativos a comícios, espetáculo­s e caravanas.

Tiago Mayan Gonçalves (3,2% dos votos), da Iniciativa Liberal, gastou 47 mil euros. Quase 20 mil foram usados para pagar cartazes e telas. Por fim, Vitorino Silva, o mais poupado, fez uma campanha centrada em Rans, a sua terra, e gastou sete mil euros. Foi escolhido por 2,9% dos eleitores.n

MARISA TEVE UMA MAIOR DESPESA EM COMÍCIOS E VENTURA EM CARTAZES

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Ana Gomes teve 135 mil euros de despesas André Ventura gastou 201 mil euros João Ferreira despendeu 274 mil euros 4 Marisa Matias teve gastos de 358 mil euros 5 Mayan Gonçalves
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6 Ana Gomes teve 135 mil euros de despesas André Ventura gastou 201 mil euros João Ferreira despendeu 274 mil euros 4 Marisa Matias teve gastos de 358 mil euros 5 Mayan Gonçalves usou 47 mil euros 6 Vitorino limitou as despesas a sete mil euros
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Campanha de Marcelo – aqui numa ação em Oeiras – custou 25 mil euros

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