ÁGUIA SOFRE PARA GANHAR
ENTRADA r A equipa de Jorge Jesus até entrou bem no jogo e já vencia por 2-0 aos 19 minutos, mas esteve longe de ter uma boa nota artística ENCOLHIDO r O golo de Rafael Martins e a expulsão de Diogo Gonçalves fizeram as águias abdicar do ataque para defen
OBenfica teve uma entrada de rompante na Liga e aos 19 minutos já vencia o Moreirense por 2-0. No entanto, sofreu um golo e terminou a partida com o credo na boca.
Jorge Jesus manteve o 3x4x3, mas revolucionou o onze que tinha ganhado ao Spartak de Moscovo (2-1) na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, com a estreia de Meité a jogar ao lado de Taarabt. De fora ficaram Grimaldo, Rafa, Pizzi, João Mário (castigado), Weigl e Seferovic. Mas isso não retirou poder de fogo ao Benfica.
E cedo sentiu-se a vontade de alguns jogadores em ganharem o lugar no onze. Um deles foi claramente Gonçalo Ramos. O primeiro golo surge numa arrancada do avançado, que acaba em canto. Na sequência desse lance, Lucas Veríssimo aproveita um corte defeituoso de Conté para cabecear para o 1-0.
O Benfica apresentava um futebol voluntarioso e fluído, sempre com a baliza de Pasinato na mira. E o 2-0 não demorou e chegou por Waldschmidt, após um grande cruzamento de Diogo Gonçalves.
Mas enganou-se quem pensou que o Benfica estava lançado para um triunfo fácil.
O Moreirense lá conseguiu assentar o seu jogo e as marcações. E o atrevimento na frente resultou num golo de Rafael Martins. Yan Matheus fez a assistência que culminou numa obra de arte do avançado brasileiro, que tirou Odysseas do caminho e reduziu para 2-1.
A superioridade do Benfica não esteve em causa, até porque sucederam-se várias situações de golo até ao intervalo, sendo a mais significativa o remate de Gonçalo Ramos que Pasinato defendeu para a trave.
Na etapa complementar, a entrada violenta de Diogo Gonçalves sobre Abdu Conté - teve mesmo de ser substituído - deixou o Benfica a jogar com 10 e trouxe traumas antigos.
O Moreirense cresceu e o Benfica foi-se encolhendo junto da sua baliza numa tentativa de guardar o precioso pecúlio. Cedo se percebeu que Jesus queria segurar a magra vantagem. Odysseas ainda foi obrigado a aplicar-se para travar um remate perigoso de Ismael.
O Benfica consegue um triunfo, mas ficou longe de uma boa nota artística. Jorge Jesus poupou alguns elementos para o jogo com o Spartak na terça-feira, mas este plantel deu mostras de ser curto para as pretensões encarnadas.n
ÁGUIA ENCOLHEU-SE APÓS A EXPULSÃO E SOFREU PARA GANHAR O JOGO