Correio da Manhã Weekend

Exposição celebra vida de Alice Vieira

ERICEIRA r Evento na Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva até 5 de setembro

- MANUELA GUERREIRO

Tem sido uma vida muito preenchida, de que guardo as melhores memórias. Entrei para o jornalismo em 1961. Estive onde era preciso estar e onde eu quis estar - Maio de 68, 25 de Abril, Queda do Muro de Berlim, Timor, etc. Entreviste­i meio mundo, conheci o Neruda, o Jorge Amado, o João Cabral de Melo Neto, o Thiago de Mello, o Pedro Bloch... Como escritora também não me posso queixar.” É impossível reduzir a carreira de Alice Vieira a breves linhas, e nem a própria o conseguiri­a. Por isso, aconselha-se a exposição que este fim de semana foi inaugurada na Ericeira.

‘Retratos Contados’ está patente na Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva até dia 5 de setembro, com entrada gratuita. Marca o início das comemoraçõ­es dos 60 anos de jornalista e 41 de obra literária de Alice Vieira. Segundo o comissário da exposição, Nelson Mateus, os visitantes vão poder “ver um pouco do muito que é a vida e obra de Alice Vieira”: fotos de infância, de família, com colegas de trabalho, capas de livros, retratos de uma vida. Um deles é a capa de ‘Diário de uma avó e de um neto - confinados em casa’, livro escrito por Alice Vieira e Nelson Mateus no início do ano.

A obra só chega ao mercado no fim do mês mas está em pré-venda na exposição. É um grito contra o abandono dos idosos, e recupera memórias e estórias de Portugal. “Queremos que este seja um livro para ser lido pelas famílias”, diz a escritora, que o irá divulgar pelo País, em tertúlias, “para apelar à valorizaçã­o dos mais velhos”.n

LIVRO ESCRITO NO CONFINAMEN­TO ALERTA PARA ABANDONO DE IDOSOS

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A escritora Alice Vieira com o comissário da exposição que lhe é dedicada, Nelson Mateus. Escreveram livro conjunto

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