Estado dá ordem para regresso aos balcões
SINDICATOS r Exigem a contratação de mais pessoal e dizem que diploma “não resolve nada”
Depois de o Governo ter provocado o caos nos serviços públicos ao liberalizar o atendimento presencial juntando-o a milhares de pré-agendamentos já realizados, ontem, as Finanças, a Justiça e a Segurança Social mandaram regressar aos balcões todos os funcionários afetos a tarefas de atendimento ao público, através de um despacho publicado em Diário da República. Para os sindicatos este diploma “não resolve nada”. Para José Abraão, da Fesap, “o atendimento presencial não pode ser feito remotamente. Para além disso, ainda estamos a coberto de medidas de segurança sanitária como a redução da lotação das pessoas nos espaços de atendimento ou o distanciamento entre postos de atendimento, o que não permite aumentar a resposta dos serviços”. A mesma ideia tem Arménio Maximino, porta-voz da Plataforma dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Registos e Notariado, “só podemos ter um posto por cada 20 m2. Se os espaços não permitem ter mais postos de atendimento como vamos aumentar a capacidade de resposta? Antes da pandemia já havia filas à porta, agora ainda está pior. O despacho não repõe as pessoas que se reformaram nem resolve o défice de recursos humanos”.n
DISTANCIAMENTO FÍSICO IMPEDE REFORÇO NO ATENDIMENTO