FILHO DORME DUAS NOITES EM CASA COM PAI MORTO NA GARAGEM
HOMICÍDIO DE TRIATLETA SEGUNDO NOVA CONFISSÃO DE ROSA. VIÚVA MUDA APELIDO
Ofilho de Rosa e Luís Miguel Grilo, hoje com 15 anos, dormiu duas noites em casa com o cadáver do pai escondido na garagem. Na versão de Rosa, depois de assassinar o marido a tiro, a 15 de julho de 2018, guardou o cadáver durante três dias na casa de banho da garagem. No dia do homicídio, o menor dormiu com a tia, Júlia Grilo, na Costa de Caparica, em Almada, tendo regressado a casa no dia seguinte. O corpo de Luís só terá sido retirado de casa no dia 18.
A viúva Rosa afirma agora que esperou três dias até se deslocar a Avis, a mais de 160 quilómetros das Cachoeiras (Vila Franca
ROSA DIZ QUE MATOU O MARIDO NO DIA 15 E SÓ A 18 É QUE DESLOCOU CORPO
FAMÍLIA DO TRIATLETA CONSIDERA QUE NOVA VERSÃO NÃO É CREDÍVEL
de Xira), para largar o corpo do marido. Esta versão, sabe o CM, não faz sentido para a família de Luís Grilo, que se sente indignada pelo facto de Rosa continuar a dar pormenores do crime a conta-gotas.
Rosa confessou em maio que matou o marido. A revelação foi feita numa chamada telefónica a partir da prisão. A gravação foi depois partilhada nas redes sociais e noticiada nas televisões. Isto significa que o filho soube pela internet da confissão da mãe. Depois de mais de um ano de afastamento, o menor só visitou a mãe no final de junho. O menino continua “muito zangado” e sem conseguir perdoar a mãe. Desde esse dia, sabe o CM, não voltou à cadeia.
A nova versão de Rosa é desmentida pelos tribunais. Na última decisão, o Supremo voltou a dar como provado que os amantes planearam e executaram os crimes em “ato contínuo”. Ou seja, desfizeram-se do corpo do triatleta logo na noite de dia 15. Os juízes defendem também que foi António Joaquim - que, no dia 16, chegou atrasado ao trabalho, no Campus de Justiça - a disparar contra o triatleta. O corpo de Luís Grilo só viria a ser encontrado a 29 de agosto.
Rosa e o ex-amante foram condenados a 25 anos de prisão por homicídio qualificado e profanação de cadáver.n
DECISÃO DO SUPREMO DIZ QUE CORPO FOI LOGO LEVADO PARA AVIS