Correio da Manhã Weekend

Helena Bento, diretora-geral da Fundação

Diretora-geral da Fundação Francisco Manuel dos Santos diz que o desafio é contribuir para uma cidadania atuante

- POR JOÃO FERREIRA Pivô CMTV

Francisco Manuel dos Santos, diz que é importante ter vozes independen­tes de todos os poderes e interesses instalados para contribuir para uma cidadania mais atuante e mais informada

A pobreza ainda é um tema muito relevante em Portugal

ASSUMIU A DIREÇÃO-GERAL DA FUNDAÇÃO FRANCISCO MANUEL DOS SANTOS (FFMS) EM MAIO DE 2020, EM PLENA PANDEMIA. A FUNDAÇÃO FOI OBRIGADA A REINVENTAR-SE?

Claro que sim! A nossa equipa foi extraordin­ária. Com garra e enorme vontade replaneou as atividades para que os portuguese­s, mesmo confinados nas suas casas, continuass­em a seguir as iniciativa­s da Fundação. Com o digital como palco principal conseguimo­s chegar a mais pessoas do que no ano anterior.

A PRIMEIRA DÉCADA DA FUNDAÇÃO FOI DE AFIRMAÇÃO NA SOCIEDADE. QUAIS SÃO OS DESAFIOS PARA A PRÓXIMA?

O desafio principal continua a ser contribuir para uma cidadania mais atuante, mais informada. Há temas que ganharam nova relevância, como as alterações climáticas, o futuro do trabalho e outros que infelizmen­te ainda são muito relevantes, como a pobreza em Portugal.

ESTUDOS INDEPENDEN­TES, DIFERENTES DA VERDADE OFICIAL DO ESTADO, TRANSFORMA­M-SE EM ALVOS A ABATER?

Não se trata de combater a “verdade oficial” do Estado, mas de ter vozes credenciad­as e independen­tes do poder político, do poder económico, de todos os poderes e interesses instalados que levantem a realidade dos factos para que possamos contribuir para um debate de qualidade e consequent­e.

TRABALHOU EM VÁRIAS PARTES DO MUNDO, SEMPRE NA ÁREA DOS NEGÓCIOS. FOI FÁCIL A ADAPTAÇÃO À FFMS?

Sim. A FFMS é uma organizaçã­o em tudo semelhante a uma empresa. Encontrei uma equipa altamente profission­al, muito motivada e criativa que me acolheu muito bem e com quem tenho vindo a desenhar e construir os próximos anos da Fundação. Trabalhámo­s os primeiros meses remotament­e, mas como já tinha trabalhado com equipas remotas no Brasil e na China estava familiariz­ada com esta realidade.

É A PRIMEIRA DIRETORA-GERAL DA FUNDAÇÃO NUMA EQUIPA MAIORITARI­AMENTE FEMININA?

Os nossos colaborado­res são escolhidos pela relevância das suas competênci­as para as funções que desempenha­m. Somos uma equipa pequena, em que o contributo individual e o impacto de cada um é fundamenta­l para o resultado final. Temos hoje uma maioria feminina.

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