Mata cabeleireira à pancada por 325 €
LIGAÇÃO r Hélio Pedro conhecia Maria de Fátima há 15 anos por ter mantido relação com uma sobrinha-neta da vítima VIOLÊNCIA r Atacou mulher, de 68 anos, com golpes na cara e cabeça
Maria de Fátima Nascimento deixou de atender o telemóvel na tarde de 26 de novembro de 2019. Os vizinhos estranharam não ver a cabeleireira, de 68 anos, regressar a casa depois de mais um dia de trabalho no seu salão, na baixa de Faro. A PSP foi alertada e os agentes acabaram por encontrar a mulher caída no chão do estabelecimento, com marcas de violência. Estava morta há dois dias. A PJ começou a investigar e, dois meses depois, resolveu o mistério. Hélio Pereira Pedro, 44 anos, confessou o crime e foi agora condenado a 15 anos por homicídio e furto.
A decisão do Supremo Tribunal de Justiça, tomada em junho deste ano, mantém a pena aplicada na 1.ª instância, por ser “justa e adequada” ao arguido, que lucrou 325 euros com o ouro furtado à cabeleireira. Os magistrados tiveram em consideração todos os contornos do crime e a ligação que existia entre a vítima e o homicida. Hélio conhecia Maria de Fátima há 15 anos por ter mantido uma relação com uma sobrinha-neta da cabeleireira, com a qual teve um filho, hoje com 21 anos.
Entre as 19h00 e as 20h00 do dia do crime, o homem, desempregado e dependente de drogas (cocaína), entrou no salão da vítima, localizado num primeiro andar da rua do Montepio. “Em condições não apuradas, o arguido atingiu Maria de Fátima com golpes na cara e na cabeça, designadamente quando esta estava caída no chão”, lê-se no acórdão. Hélio agarrou depois nas chaves da vítima e foi até casa desta, com o intuito de furtar bens de valor. Pelo caminho, largou na rua os documentos da cabeleireira. Vasculhou depois a casa, enquanto Maria de Fátima estava morta no chão do seu salão, e furtou várias joias em ouro, que vendeu dias depois numa loja especializada, por 325 euros. Em tribunal, confessou o homicídio e disse estar arrependido, mas tentou justificar-se com o facto de ser toxicodependente.n
HOMICIDA FOI DEPOIS A CASA DA VÍTIMA FURTAR PEÇAS EM OURO