Lojas e restaurantes recebem mais clientes
DECISÃO r Ritmo de vacinação permitiu antecipar fase prevista apenas para setembro. Número de pessoas sobe em várias atividades já nesta segunda-feira. Fim da máscara na rua estava na lista mas vai ter de esperar, com as férias dos deputados
Mais pessoas nos restaurantes, lojas, salas de espetáculo e transportes públicos. Graças ao forte ritmo de vacinação, o País vai entrar já na próxima segunda-feira na segunda etapa do plano de levantamento das restrições, antecipando um passo antes previsto para 3 de setembro.
Uma das grandes novidades surge para o comércio: a partir de segunda, as lojas vão poder contar com oito pessoas por cada 100 metros quadrados, acima das atuais cinco. Mas há outros números para decorar: nos restaurantes podem sentar-se oito pessoas por mesa no interior e 15 nas esplanadas. Espetáculos e casamentos passam a ter uma lotação de 75%. Já os transportes públicos, incluindo táxis e viaturas das plataformas digitais, deixam de ter limites.
A segunda fase previa o fim do uso de máscaras na rua mas essa medida não será imediata: o Governo atira a decisão para o Parlamento, que está de férias até ao início de setembro. “A expectativa é que a Assembleia possa tomar a decisão no momento e nos termos que considere adequados”, explicou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
A 18 de agosto, Portugal atingiu a meta dos 70% de população com vacinação completa, o critério determinante para aliviar mais restrições. O Governo recusa estar a ser precipitado com a antecipação, até porque os restantes indicadores – como o número de mortos ou de doentes em Cuidados Intensivos – se têm mantido “estáveis”. “Encontramo-nos num planalto”, resumiu a ministra, que lidera o Executivo nas férias de António Costa. Apesar da evolução positiva, o Executivo avisa que “a pandemia ainda não acabou” e lembra que podem surgir surpresas, como novas variantes. O apelo é para que os portugueses continuem a seguir as regras, sem “desvalorizar tosses ou outros sintomas”.n
GOVERNO DIZ QUE SITUAÇÃO PANDÉMICA ESTÁ NUM “PLANALTO”