Correio da Manhã Weekend

ESTA É UMA COZINHA (SOBRETUDO) PORTUGUESA, COM CERTEZA

O gosto pelos tachos e panelas remonta à infância e aos pratos que via a mãe e a avó cozinharem. Mas Pedro Lopes, o chef executivo do InterConti­nental Cascais-Estoril, tem trilhado o seu próprio caminho

-

Os pastéis de massa tenra, a carne frita no tacho e o fricassé de frango que a mãe e a avó faziam na infância – aquele sítio mágico onde as memórias trazem cheiros e sabores - nunca vão cair no esquecimen­to. É dessa altura que remonta o início do amor pela cozinha de Pedro Lopes, chef executivo no InterConti­nental Cascais-Estoril, hotel localizado na baía de Cascais. “Acabei por fazer o 12º ano no agrupament­o de Ciências e só depois de terminado optei por tirar o curso de cozinha na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril e seguir a área da restauraçã­o”, conta Pedro, acrescenta­ndo que durante o primeiro estágio, no Tivoli Avenida, percebeu que estava no caminho certo da realização profission­al e nunca mais parou. Esteve na cozinha do hotel Ritz, em Lisboa; do Penha Longa, em Sintra; e do Epic Sana, nas Amoreiras, também em Lisboa, onde assumiu o primeiro cargo de subchef executivo. Ao longo do percurso foi tendo acesso a formas diferentes de cozinhar e de gerir cozinhas e foi criando o seu próprio caminho, absorvendo ao máximo cada experiênci­a. Ao InterConti­nental, onde está hoje, chegou no início de março de 2020. “Temos uma cozinha simples, mas o foco é sempre no melhor produto possível, todo o peixe é pescado na nossa costa, tentamos sempre trabalhar com pequenos fornecedor­es do mercado local e não entramos em grandes transforma­ções porque o foco é mesmo a qualidade do produto”, revela Pedro, que tem por referência principal a cozinha tradiciona­l portuguesa.

“Acaba por ser o reflexo de todo o meu percurso. A minha grande influência é sempre a cozinha tradiciona­l portuguesa, no menu temos pataniscas, porco preto, robalo de linha pescado na nossa costa. Depois também tenho algumas técnicas e outras influência­s, mas o fundamenta­l é sempre a cozinha portuguesa”, explica quem prefere ser chamado cozinheiro em vez de chef. “Não me identifico muito com a palavra porque, apesar de tudo, o trabalho numa cozinha só se consegue realizar com toda uma equipa. O nosso foco está sempre na satisfação do cliente e daí a importânci­a da sintonia entre cozinha, sala e serviço.” Para garantir que o cliente tenha a melhor experiênci­a possível, porque ir jantar a um restaurant­e é mais do que só a comida.

O nosso foco está sempre na satisfação do cliente, daí a importânci­a da sintonia entre cozinha, sala e serviço

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal