Correio da Manhã Weekend

PORTUGAL: VIOLÊNCIA. DOIS AMIGOS DE CAMPO MAIOR DESENTENDE­RAM-SE E UM DELES FERIU O OUTRO COM DOIS GOLPES DE NAVALHA.

CRIME r Agressor, de 17 anos, apanhou rival, de 16, à saída de bar e atingiu-o à navalhada APANHADO r Mais velho foi para casa, onde foi detido, e a vítima assistida de urgência no hospital

- SÉRGIO A. VITORINO

Desavindos já há alguns dias, após trocas de palavras cara a cara e nas redes sociais, dois amigos, de Campo Maior, encontrara­m-se na madrugada de quinta-feira no interior de um bar. Mas foi já no exterior do espaço de diversão noturna que um deles, de 17 anos, sacou de uma navalha e deu dois golpes profundos no abdómen do rival, de 16 anos. Depois foi para casa, onde a Polícia Judiciária de Évora acabou por o deter, enquanto o mais novo era socorrido de urgência no hospital, onde permanecia ontem à tarde internado.

Segundo explicou ao CM fonte policial, em causa estão “motivos muito fúteis”. Entre eles “bocas por causa de namoradas”. Os dois rapazes, ambos estudantes, sem antecedent­es policiais e bem inseridos familiarme­nte e na vila de Campo Maior, eram amigos e desentende­ram-se recentemen­te. “A zanga foi-se agravando e, nessa noite, os dois jovens encontrara­m-se dentro do estabeleci­mento de diversão noturna. Lá dentro nada aconteceu, mas já no exterior, de madrugada, a troca de palavras agravou-se e o mais velho surgiu munido de uma navalha, atingindo a vítima com dois golpes”, descreveu a mesma fonte.

Eram cerca das 02h00 e a vítima foi transporta­da de urgência para o hospital de Portalegre. Foi socorrida “a ferimentos graves que facilmente lhe poderiam ter causado a morte”, mas não foi necessário o recurso a uma cirurgia. Está internada, mas “já não corre, atualmente, perigo de vida”.

O agressor foi encontrado pelas autoridade­s em casa, para onde caminhou logo após ter esfaqueado o rival. Foi ainda possível apreender a navalha usada no crime. Foi ontem à tarde presente a primeiro interrogat­ório judicial. Por se tratar de um jovem e sem antecedent­es, o juiz deixou-o em liberdade. Está proibido de contactar a vítima e tem de fazer apresentaç­ões no posto da GNR.n

FERIMENTOS GRAVES “PODIAM FACILMENTE TER CAUSADO A MORTE”

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