Correio da Manhã Weekend

Três na Champions, igualdade na Liga

- MÁRIO PEREIRA EDITOR DE DESPORTO

Apresença de três equipas na fase de grupos da Liga dos Campeões é uma boa notícia para o futebol português. Os proveitos diretos - cerca de 105 milhões de euros de ‘prize money’ para Sporting, FC Porto e Benfica - são apenas a parte mais cintilante da façanha. Deve juntar-se à lista de ganhos o dinheiro que ainda pode entrar pela conquista de pontos e qualificaç­ões; o Market Pool (variável dos prémios atribuídos pela UEFA correspond­ente ao valor dos direitos televisivo­s); prestígio desportivo (para os clubes e para o país), apreciação no ranking UEFA (que determina quotas futuras de participaç­ão das equipas portuguesa­s); e claro, a valorizaçã­o de ativos. A Champions é, talvez, a maior montra desportiva do Mundo, para quem quer

PARIDADE GARANTIDA PELO MENOS ATÉ DEZEMBRO

vender a sua mercadoria. Sendo os clubes portuguese­s essencialm­ente vendedores, é fácil de perceber o que este ‘jackpot’ representa.

Há ainda outra relevância, não mensurável: ter Sporting, FC Porto e Benfica a competir na Champions, pelo menos até dezembro, coloca os três crónicos candidatos ao título em plano de absoluta igualdade na refrega pelas competiçõe­s domésticas. E acima de tudo, na corrida ao título. No ano passado, ainda está fresco, o Sporting foi ‘acusado’ de ter sido beneficiad­o por ter ficado precocemen­te livre do ‘fardo’ europeu. Este ano isso não acontece. O que além de ser uma tomada de pulso às capacidade­s da equipa leonina, garante equidade desportiva. E isso é o que se quer em qualquer competição desportiva.

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