Três na Champions, igualdade na Liga
Apresença de três equipas na fase de grupos da Liga dos Campeões é uma boa notícia para o futebol português. Os proveitos diretos - cerca de 105 milhões de euros de ‘prize money’ para Sporting, FC Porto e Benfica - são apenas a parte mais cintilante da façanha. Deve juntar-se à lista de ganhos o dinheiro que ainda pode entrar pela conquista de pontos e qualificações; o Market Pool (variável dos prémios atribuídos pela UEFA correspondente ao valor dos direitos televisivos); prestígio desportivo (para os clubes e para o país), apreciação no ranking UEFA (que determina quotas futuras de participação das equipas portuguesas); e claro, a valorização de ativos. A Champions é, talvez, a maior montra desportiva do Mundo, para quem quer
PARIDADE GARANTIDA PELO MENOS ATÉ DEZEMBRO
vender a sua mercadoria. Sendo os clubes portugueses essencialmente vendedores, é fácil de perceber o que este ‘jackpot’ representa.
Há ainda outra relevância, não mensurável: ter Sporting, FC Porto e Benfica a competir na Champions, pelo menos até dezembro, coloca os três crónicos candidatos ao título em plano de absoluta igualdade na refrega pelas competições domésticas. E acima de tudo, na corrida ao título. No ano passado, ainda está fresco, o Sporting foi ‘acusado’ de ter sido beneficiado por ter ficado precocemente livre do ‘fardo’ europeu. Este ano isso não acontece. O que além de ser uma tomada de pulso às capacidades da equipa leonina, garante equidade desportiva. E isso é o que se quer em qualquer competição desportiva.