Crise no Benfica!
Como têm passado? Sentindo já a nostalgia que sempre acompanha os fins do verão? E o País, como vai? Melhorzinho, dizem os especialistas. E a crise no Benfica, como tem evoluído segundo as vossas perspetivas tão doutas quanto as demais? É que sem crise na Luz o nosso Portugal nem parece o mesmo, falta-lhe um propósito, um sentido de missão, numa palavra, falta-lhe assunto. Ora a falta de assunto é um pecado gravíssimo que provoca aborrecimento e confusão dos sentidos. É dever de quem se preocupa com estas coisas fornecer ao público elementos que mantenham o País bem-disposto e, sobretudo, entretido com a crise no Benfica. O facto, indesmentível, de até parecer que o Benfica ganhou em agosto a Liga dos Campeões quando, na verdade, ganhou tão somente o acesso à Liga dos Campeões, veio perturbar a meio da semana o arrazoado de conceitos melindrosos sobre o momento do maior clube português e torna-se imperioso combater essa tendência triunfalista que se impôs no preciso instante em que o árbitro deu por findo o jogo de Eindhoven.
É nesse sentido a crónica de hoje, que se propõe fornecer subsídios para o agravamento da crise no Benfica, seja ela qual for. Sem crise, o Benfica não rende, portanto, mãos à obra! O resultado na Holanda, por exemplo, foi péssimo. O Benfica falhou escandalosamente a série de 7 vitórias consecutivas no arranque da época de 2021/2022 empatando na casa do PSV – que nem sequer é o PSG… - e acabando o jogo em modo tresloucado pelo que se teme o pior – que bom! – para o encontro de amanhã com o Tondela. A entrega dos jogadores ao desafio foi frouxa, medíocre, desproporcionada em relação ao objetivo. Em primeiro lugar, por volta da meia hora de jogo, um dos atletas do Benfica decidiu ir mais cedo para o balneário porque não se estava a dar bem com a humidade da noite. O que os outros 10 fizeram durante uma hora foi uma vergonha como assinalou o treinador: “Com menos um em campo fizemos 12 faltas e o PSV com mais um em campo fez 14 faltas”. Ora aqui está a prova de que os jogadores do Benfica não meteram o pé e fugiram ao corpo a corpo com o adversário.
Outro pormenor chocante do desafio do meio da semana, para além do detalhe preocupante de o ataque ter ficado em branco, foi a má exibição do guarda-redes Odysseas Vlachodimos que, por uma meia dúzia de ocasiões, quase conseguia enterrar a equipa. Vá lá que teve sorte, apenas isso, muita sorte e as bolas ou foram ao poste, ou foram para fora de campo, ou foram parar às suas mãos ou aos seus joelhos ou aos seus pés. Foi o que se pode chamar de uma exibição anatómica do grego da baliza pois, de cima a baixo, não houve bocado de si em que a bola não acertasse. A ver se tem a mesma sorte amanhã com o Tondela. Isso é que era bom.n
SEM CRISE O BENFICA NÃO RENDE, PORTANTO, MÃOS À OBRA!