Correio da Manhã Weekend

Crise no Benfica!

- LEONOR PINHÃO JORNALISTA

Como têm passado? Sentindo já a nostalgia que sempre acompanha os fins do verão? E o País, como vai? Melhorzinh­o, dizem os especialis­tas. E a crise no Benfica, como tem evoluído segundo as vossas perspetiva­s tão doutas quanto as demais? É que sem crise na Luz o nosso Portugal nem parece o mesmo, falta-lhe um propósito, um sentido de missão, numa palavra, falta-lhe assunto. Ora a falta de assunto é um pecado gravíssimo que provoca aborrecime­nto e confusão dos sentidos. É dever de quem se preocupa com estas coisas fornecer ao público elementos que mantenham o País bem-disposto e, sobretudo, entretido com a crise no Benfica. O facto, indesmentí­vel, de até parecer que o Benfica ganhou em agosto a Liga dos Campeões quando, na verdade, ganhou tão somente o acesso à Liga dos Campeões, veio perturbar a meio da semana o arrazoado de conceitos melindroso­s sobre o momento do maior clube português e torna-se imperioso combater essa tendência triunfalis­ta que se impôs no preciso instante em que o árbitro deu por findo o jogo de Eindhoven.

É nesse sentido a crónica de hoje, que se propõe fornecer subsídios para o agravament­o da crise no Benfica, seja ela qual for. Sem crise, o Benfica não rende, portanto, mãos à obra! O resultado na Holanda, por exemplo, foi péssimo. O Benfica falhou escandalos­amente a série de 7 vitórias consecutiv­as no arranque da época de 2021/2022 empatando na casa do PSV – que nem sequer é o PSG… - e acabando o jogo em modo tresloucad­o pelo que se teme o pior – que bom! – para o encontro de amanhã com o Tondela. A entrega dos jogadores ao desafio foi frouxa, medíocre, desproporc­ionada em relação ao objetivo. Em primeiro lugar, por volta da meia hora de jogo, um dos atletas do Benfica decidiu ir mais cedo para o balneário porque não se estava a dar bem com a humidade da noite. O que os outros 10 fizeram durante uma hora foi uma vergonha como assinalou o treinador: “Com menos um em campo fizemos 12 faltas e o PSV com mais um em campo fez 14 faltas”. Ora aqui está a prova de que os jogadores do Benfica não meteram o pé e fugiram ao corpo a corpo com o adversário.

Outro pormenor chocante do desafio do meio da semana, para além do detalhe preocupant­e de o ataque ter ficado em branco, foi a má exibição do guarda-redes Odysseas Vlachodimo­s que, por uma meia dúzia de ocasiões, quase conseguia enterrar a equipa. Vá lá que teve sorte, apenas isso, muita sorte e as bolas ou foram ao poste, ou foram para fora de campo, ou foram parar às suas mãos ou aos seus joelhos ou aos seus pés. Foi o que se pode chamar de uma exibição anatómica do grego da baliza pois, de cima a baixo, não houve bocado de si em que a bola não acertasse. A ver se tem a mesma sorte amanhã com o Tondela. Isso é que era bom.n

SEM CRISE O BENFICA NÃO RENDE, PORTANTO, MÃOS À OBRA!

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