Assassino de Bobby Kennedy pode ser solto
PERDÃO r Dois filhos do malogrado senador manifestaram-se a favor da libertação de Sirhan Sirhan DECISÃO r Palestiniano condenado a perpétua pode sair em liberdade condicional
Passaram mais de 53 anos sobre o assassinato do senador democrata e candidato à presidência dos EUA Robert F. Kennedy, baleado a 5 de junho de 1968 no Ambassador Hotel, em Los Angeles. Bobby Kennedy, de 46 anos, irmão do malogrado presidente John F. Kennedy, morreu no dia seguinte. O seu assassino, o palestiniano Sirhan Sirhan, agora com 77 anos, está agora muito perto de sair em liberdade condicional.
DECISÃO FINAL NAS MÃOS DE GOVERNADOR QUE
ERA FÃ DA VÍTIMA
Sirhan, que tinha 24 anos, foi condenado à câmara de gás em 1969, mas com a abolição da pena de morte na Califórnia, a sentença passou para prisão perpétua. Desde então, já lhe negaram a liberdade condicional por 15 vezes. Até agora. Após dois filhos da vítima Douglas Kennedy e Robert F. Kennedy Jr. - se terem manifestado a favor da sua libertação, um painel judicial norte-americano concedeu-lhe, à 16ª audiência, a liberdade condicional. Mas esta decisão não lhe garante a liberdade de imediato. Será revista pelo Conselho de Audiências de Liberdade Condicional, processo que pode levar até cerca de quatro meses. Depois, será encaminhada para o governador da Califórnia, Gavin Newsom, que terá 30 dias para a analisar. Newsom, que é democrata e já fez saber que Robert F. Kennedy foi seu herói, pode aceitar, revogar ou modificar a decisão.
Sirhan sempre alegou não se lembrar do crime, mas também já disse que disparou porque estava furioso com o apoio de Bobby Kennedy a Israel.n