MARTA TEMIDO JÁ É MILITANTE SOCIALISTA
Costa irrita-se com Pedro Nuno Santos
Oapelo de António Costa aos camaradas de partido foi claro: é preciso “arregaçar as mangas” e trabalhar na recuperação do País após o “momento exigente” da pandemia. “Não é o tempo de desanimarmos, é de nos animarmos”, afirmou na abertura do 23º Congresso do PS.
Num discurso para o partido, mas que a oposição não deixa de ouvir, o líder insistiu que o caminho para relançar a economia não será feito com austeridade. E a farpa ao PSD, embora sem referência direta, lá chegou: “A direita portuguesa não aprendeu o que a europeia já percebeu.”
Em Portimão, o reeleito secretário-geral do PS prometeu um reforço do Estado Social, destacando a resposta do Serviço Nacional de Saúde à pandemia.
Neste congresso, a questão da sucessão interna tornou-se, em simultâneo, um tabu e o tema mais quente. Costa garantiu estar de pedra e cal na liderança do PS até 2023 e mostrou-se orgulhoso por ter “assegurado a unidade” do partido nos últimos anos. Ana Catarina Mendes, Mariana Vieira da Silva, Fernando Medina e Pedro Nuno Santos, vistos como potenciais substitutos de Costa, foram convidados para a mesa do congresso, mas o secretário-geral rejeitou que a escolha antecipe já outra etapa na vida do partido. “São os rostos do PS nos últimos anos em vários combates decisivos”, disse, apontando depois a próxima batalha: as eleições autárquicas.n