Procurador do Marquês ‘finta’ as promoções
90 MAGISTRADOS Foram nomeados os novos procuradores-gerais-adjuntos MARQUES VIDAL Procurador ironiza sobre despachos muito densos juridicamente
Rosário Teixeira não ficou nas lista dos mais classificados para ser promovido a procurador-geral-adjunto, depois de avaliado por um grupo escolhido pelo Conselho Superior do Ministério Público, de onde faz parte o advogado de Luís Filipe Vieira. O magistrado que tem a seu cargo os processos mais complexos da Justiça portuguesa - entre eles o Marquês e o Cartão Vermelho - ficou no meio da tabela e não devia ter subido a procurador-geral-adjunto: o problema foi que muitos se reformaram nos últimos meses, obrigando a procuradora-geral da República a ‘repescar’ 28 procuradores. Foi o caso de Rosário Teixeira que, mesmo assim, não vai sair do DCIAP.
Mantém funções naquele departamento e continua a ter a seu cargo as inúmeras investigações ao mundo do futebol.
A tomada de posse daquele procurador e de muitos outros - foram quase 90 no total aconteceu ontem nos jardins da Procuradoria-Geral da República. Um dos magistrados que usou da palavra foi João Marques Vidal, o procurador que liderou a operação Face Oculta e que agora está na Relação de Évora, como procurador-geral-adjunto.
Marques Vidal não falou dos processos complexos, mas foi com algum humor que disse serem os seus ‘sonhos’ para a Justiça. Um deles era que os despachos de arquivamento não fossem tão massudos, muitas vezes difíceis de serem interpretados pelos queixosos. “Quando alguém vem apresentar queixa por furto e ao arquivarmos ainda lhes atiramos à cara uma lição de Direito, para dizer não podemos fazer nada, não faz sentido. O que a pessoa quer saber é se vamos apanhar quem o roubou e não ler despachos que não percebe”, disse o magistrado, que falou ainda dos carros apreendidos que continuam a apodrecer à porta dos DIAP.n
FOI CLASSIFICADO
POR GRUPO ONDE ESTÁ ADVOGADO DE VIEIRA
TEM E TEVE A SEU CARGO AS INVESTIGAÇÕES MAIS COMPLEXAS DA JUSTIÇA