MILITARES PORTUGUESES
FAZEM TRIAGEM DE REFUGIADOS AFEGÃOS
Amissão em Cabul foi bastante complexa e exigente até porque o nosso efetivo não era muito grande, tínhamos quatro militares. Houve um atentado pelo meio, junto ao aeroporto, e as condições eram muito difíceis. Ainda assim, foi uma operação com sucesso, já que conseguimos tirar 56 cidadãos afegãos de lá”, detalhou ontem ao CM o Chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares, tenente-general Marco Serronha. As declarações aconteceram no dia em que onze militares portugueses partiram para o Kosovo, numa operação de apoio militar à NATO. O tenente-general coordena, a partir de Lisboa, todas as operações. O objetivo da nova missão é ajudar, em conjunto com dezenas de países da Aliança Atlântica, no processo de triagem e recolocação de centenas de cidadãos afegãos que serão depois reencaminhados para outros países.
“Vamos montar um centro de acolhimento para refugiados em trânsito. É preciso fazer a validação dos processos de asilo, tratar de questões administrativas e burocráticas. É um trabalho de apoio e acompanhamento, até mesmo na questão médico-sanitária porque estas pessoas estão deslocadas e sem condições básicas há muito tempo”, acrescenta o tenente-general Marco Serronha.
Joana Granja, alferes do Exército, saiu da academia militar, em Lisboa, há dois anos. A operação no Kosovo é uma estreia para a militar no que respeita a missões fora do País. “É a minha primeira missão internacional e tenho um orgulho enorme por ter sido destacada. Pelo facto de serem refugiados muçulmanos, há preocupações diferentes com a população feminina. É nessa parte que eu vou estar inserida”, contou a alferes Joana Granja.
A duração estimada da missão é de até três meses.n
MILITARES PORTUGUESES PARTIRAM ONTEM PARA NOVA MISSÃO NO KOSOVO